O que é a cura? A história de busca pela cura alicerçada na fé, na ciência, na arte e no amor de da bailarina e coreógrafa Déborah Colker pelo seu neto Theo, portador de epidermólise bolhosa distrófica, será apresentada em Aracaju nos dias 12 e 13 de abril, no Teatro Tobias Barreto. A apresentação tem classificação livre e duração de 1h15, sem intervalo.
Criada em 1994, a companhia Déborah Colker acostumou o público às surpresas e às inquietações cênicas. Foi assim no espetáculo 4×4, quando a plateia acompanhava bailarinos saltarem e dançarem milimetricamente rente aos vasos de cerâmica. Ao longo desses anos, a Companhia já realizou mais de 1.600 apresentações, atingindo mais de três milhões de pessoas.
Em a “Cura”, Deborah traz referências científicas, alicerçadas em projeções de palavras e de narrações do neto Theo, com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e trilha de Carlinhos Brown, o qual canta em um dos trechos: “A minha dor, traga meu sorriso para dentro”, traduzindo em canção a angústia de quem busca curar-se de algo.
Muito além do aspecto autobiográfico, “Cura” trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas foi adiada por conta da pandemia. Com mais tempo para pesquisa, Deborah incorporou referências religiosas e elementos de culturas africanas, indígenas e orientais ao espetáculo. Logo no início, conta-se a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas.
“A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina. Entendi o que é a cura do que não tem cura”, afirmou a coreógrafa. O espetáculo conta com 14 bailarinos, os quais também cantam em hebraico e em línguas africanas.
Deborah Colker
A inquietação e o gosto pela diversidade não se tornaram uma marca do trabalho Deborah Colker por acaso. Criada entre a solidão do estudo do piano clássico e a prática de um esporte coletivo, o voleibol, a coreógrafa carioca iniciou na dança contemporânea como bailarina do Coringa, da uruguaia Graciela Figueiroa, grupo que marcou época no Rio de Janeiro dos anos 1980.
Em 1984, deu início àquela que seria a principal vertente de sua carreira nos dez anos subsequentes: diretora de movimento – expressão especialmente cunhada para ela pelo encenador Ulysses Cruz para sublinhar a relevância de seu trabalho no resultado final de algumas dezenas de espetáculos de teatro com que colaborou nesse período. A rubrica, que acabaria se incorporando ao jargão cênico brasileiro, aplica-se também, e com precisão, ao papel que desempenhou, por exemplo, na criação dos movimentos dos bonecos-cachorros da TV Colosso – um marco na programação televisiva infantil brasileira dos anos 1990.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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