FAHRENHEIT, 11 DE SETEMBRO

(Fahrenheit, 9/11). Direção e Roteiro de Michael Moore. Produção de Kathleen Glynn e Jim Czarnecki. Direção de Fotografia: Mike Desjariais. Música de Jeff Gibbs. Edição de Kurt Engfehr, Christopher Seward, T. Moody Richman. Cia. Produtora: Dog Eat Dog Films e Wild Bunch. Distribuição no Brasil: Europa Filmes. 120m.

Gênero: Documentário

Sinopse – O filme focaliza os acontecimentos de setembro de 2001 e notadamente a maneira como o presidente George W. Bush serviu-se desta tragédia para seus próprios interesses. O diretor parte, com efeito, das eleições presidenciais contestadas, notadamente no Estado da Flórida e acumula em seguida, críticas aos olhares de Bush: interesses comuns com a família Bin Laden e a falta de determinação na procura dos autores do atentado ao World Trade Center, além das mentiras, muitas mentiras. O presidente americano instalou um clima de terror em seu país e em uma grande parte do Globo, usando da paranóia para assegurar sua política de guerra.

Apreciação – Finalmente o público sergipano tem chance de conhecer um dos mais fortes libelos já produzidos pelo cinema contra o seu próprio “establishment”. O diretor Michael Moore não deixa pedra sobre pedra na política, tanto interna quanto externa, do beligerante presidente George W. Bush e o destrói em cada fotograma. Tudo o que ele mostra parece panfletário, mas na verdade, tudo faz sentido. Depois de “Tiros em Columbine”, Michael Moore credencia-se a passar a limpo a sociedade americana. Não deixe de ver, em absoluto. Desde já candidatíssimo ao prêmio Oscar de melhor documentário, Moore não quer chegar novamente à festa do cinema americano. “Deixe o prêmio para os mais jovens” diz ele.

Fique de Olho – Nos excitantes comentários que Michael Moore faz ao presidente do seu próprio país. E entenda porque o presidente George W. Bush patina na sua própria reeleição.