Gênero: Drama
Direção : José Henrique Fonseca
Com: Rodrigo Santoro, Alinne Morais, Angie Cepeda, Othon Bastos
Idioma: Português
Legendas: Inglês, Português e Espanhol
Áudio: Português (Dolby Digital 2.0 e 5.1)
Tela: Fullframe
Distribuidora: Paris Filmes
O filme, que tem como um dos produtores, o próprio ator Rodrigo Santoro, passou a léguas de distância dos cinemas locais. A sorte é que “Heleno” chega, agora, em DVD, para aqueles que não tiveram a chance de vê-lo.
Dirigido por José Henrique Fonseca e belamente fotografado (em preto e branco) por Walter Carvalho, “Heleno” não privilegia a competição esportiva. A película é uma cinebiografia do jogador botafoguense, que foi do auge ao precipício, no período de uma década e que morreu precocemente, aos 39 anos, num hospital psiquiátrico em Barbacena, focando mais no perfil do ‘homem’ do que, propriamente, no do atleta.
Conhecemos os momentos de glória do jogador, já internado num manicômio, através de suas parcas lembranças. Apesar de formado em Direito, Heleno de Freitas abraçou o Botafogo como ninguém e os números não mentem com relação à sua dedicação ao clube e ao talento com a pelota: em oito anos de atuação (1940-1948) ele defendeu a “Estrela Solitária” em 235 partidas e converteu 209 gols.
Mas ele não era apenas um “terror” para as equipes adversárias. Heleno abalava os corações do mulherio, que caía facilmente na sua lábia. No filme, a disputa entre a cantora de cassino, Diamantina (a atriz colombiana Angie Cepeda) e a jovem burguesa Silvia (Alinne Moraes), que viria a ser mais tarde sua esposa é acirrada.
Arrogante até não poder mais, Heleno de Freitas se desentendia com os colegas de time e treinadores com muita facilidade. Por conta disso, foi vendido pelo Botafogo ao Boca Juniors (Argentina), no final da década de 1940, mas quando retornou ao Brasil, foi rejeitado pelo presidente do Clube (Othon Bastos) e seguiu atuando em outros clubes como Fluminense, Vasco da Gama e América.
Os arroubos foram em parte o catalisador de sua derrocada, fazendo com que sua embriaguez com álcool e éter aumentasse, consideravelmente, sua deterioração física e mental. Como se não bastasse, adiou enquanto pode o início do tratamento da sífilis que lhe corroía a carne e os dentes pouco a pouco, sendo insatisfatória a resposta às drogas utilizadas para retardar o avanço da doença.
É nesse momento, que a estrela de Rodrigo Santoro brilha, numa caracterização que já lhe valeu o prêmio de melhor Ator, no Festival de Havana 2011. Seja no auge da carreira de Heleno, no melhor estilo almofadinha, seja no momento de sua deterioração como homem e ídolo, Santoro encarna como ninguém o personagem.
Quem também brilha nas cenas de maior dramaticidade com Santoro, é o ator e músico mineiro, Maurício Tizumba, que vive o enfermeiro Jorge. Com uma dedicação extremada ao seu paciente famoso, ele confere ao filme os momentos de maior comoção.
Por Suyene Correia
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