Histórias que só existem quando lembradas

Brasil, Argentina, França, 2011. Direção de Julia Murat. Roteiro de Murat, Maria Clara Escobar e Felipe Sholl. Produção de Lúcia Murat, Julia Murat, Christian Boudier, Julia Solomonoff, Felicitas Raffo, Juliette Lepoutre, Marie Pierre Macia. Direção de Fotografia: Lucia bonelli. Editor: Marina Meliande. Música de Lucas Marcier. Desenho de Produção: Marina Kosovski, Tatiana Bond. 10 anos, 97m. Cia. Produtora: Taiga Filmes, BonFilm, CEPA Audiovisual, MPM Films Production. Distr. no Brasil: Imovision. Com Sonia Guedes, Lisa Favero, Luiz Serra, Ricardo Merkin, Antonio dos Santos, Nelson Justiniano, Maria Aparecida Campos, Evanilde Souza, Julião Rosa, Pedro Igreja.

Gênero – Drama

Sinopse – Rita, uma jovem fotógrafa, irrompe feito semente lançada ao acaso na fictícia Jotuomba, uma quase cidade fantasma, situada no Vale do Paraíba. Seguindo os trilhos de uma linha de trem abandonada, Rita encontra uma comunidade habitada por pessoas idosas que atravessam dias preenchidos por rotinas e gestos repetidos. A manufatura do pão de cada dia, as preces, a missa, os jogos de bocha – tudo sempre igual, tudo na mesma ordem. Não foi o povo que se acostumou àquela vida, mas o tempo que desistiu de mudar.

Apreciação – Não é exatamente uma obra de ficção, mas não chega a ser um documentário. Digamos que é um quase documentário, esta obra que assinala a estréia no longa da cineasta Julia Murat, filha da também cineasta Lúcia Murat. Uma obra bastante elogiada em todos os festivais que passou e ganhou bom destaque na mídia na proporção em que era exibido nos grandes centros. Portanto, é um filme recomendável. Passou no Festival de Veneza o ano passado; no Festival de Toronto de 2011, e na seção Horizontes Latinos do Festival de San Sebastian.

Fique de Olho – Na jovem atriz Lisa Favero que faz o papel de Rita.

Por Ivan Valença