A quarta edição do Xirê da Consciência Negra será realizada de maneira diferente. Por conta das restrições impostas pela pandemia, as atividades deste ano acontecem de forma virtual, entre os próximos dias 24 e 26, com debates e apresentações artísticas transmitidas por meio da página do Ilê Axé Alaroke no Facebook (@Alaroke), trazendo palestrantes renomados no país. A iniciativa, realizada em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra – celebrado em 20 de novembro, é voltada a adeptos de religiões de matriz africana, pesquisadores, integrantes do movimento negro e demais interessados da sociedade civil na luta contra o racismo e a intolerância religiosa.
De acordo com Ramon Odé Kínikò, ogan do Alaroke que integra a equipe de organização do evento, o objetivo é compartilhar conhecimento e fomentar o empoderamento das comunidades tradicionais de terreiro. “É importante trazer o tema ao debate, pois a intolerância religiosa infelizmente ainda é uma realidade no país e está diretamente relacionado ao racismo. Porque nossa religião é de preto. Nossa crença vem dos povos originários de África. E é por isso que os adeptos das religiões de matriz africana são as principais vítimas desta intolerância”, explica.
A Mesa de Abertura do evento, que acontece no dia 24, às 19h, traz para discussão a Filosofia Africana como Contributo para as Comunidades de Terreiros, com o doutor em Bioética e professor da Universidade de Brasília (Unb) Wanderson Flor; o doutorando em Filosofia Valter Duarte e o doutorando em Estudos Étnicos e Africanos João Mouzart. Às 21h30, será exibida uma apresentação musical do Afoxé DiPreto.
Já no dia 25, a programação começa às 14h, com Comunicações Coordenadas sofre Artes Afrocentradas, com Breno Loeser, Díjina Torres, Lina Delé Nunes, Michelle Pereira e Mãe Mary. Às 19h, a mesa fica por conta de Juracy Júnior Xaguinandji, que é mestre em Ciências da Religião e babalaxé do Ilê Axé Alaroke; e do doutor em Política Social pela Unb Carlos Alberto Obá Moxeí, que vão tratar sobre Povos de Terreiro, Comunidade e Ancestralidade. A intervenção artística será do Mc e poeta Wesley Pardal.
No dia 26, o Xirê segue a partir das 14h, com apresentação de projetos e ações socioeducacionais desenvolvidos por terreiros de Sergipe e parceiros, com o doutor Ilzver Matos e a Comissão de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE). Dentre os projetos a serem mostrados estão A Escola Vai ao Terreiro (Ilê Axé Alaroke); Olope Griots, Oxê e Idará (Sociedade Omolàyié); Xangô Menino (Comunidade Ojú Ifá); Casa Mar Vai à Escola e Cine Omiró (Casa Mar); Preservando o Axé (Centro de Umbada Caboclo Tupy) e Mídia Livre Os Caatingas (Centro Cultural Erukerê).
Às 19h, haverá uma Mesa para debater Educação Intercultural, Educação nos Terreiros e Protagonismo Negro, com a doutora em Educação Stela Caputo, que é coordenadora do grupo de pesquisa Kékeré UERJ, com crianças de terreiro; a doutora Vanda Machado, que criou o Projeto Político Pedagógico ‘Irê Ayó’ na Escola Eugenia Anna dos Santos, no Ilê Axé Opô Afonjá (Salvador/BA); o mestre em Ciências da Religião Ramon Odé Kínikò e o jornalista Tiago Rogero, vencedor do 42º Prêmio Vladimir Herzog (2020) com o podcast Negra Voz. Para encerrar, os participantes poderão acompanhar uma apresentação musical da percussionista Dani Baixa e um espetáculo de dança de Michelle Pereira.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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