Co-produção entre a França e o Canadá, obra que assinala a estréia de um músico canadense, Bertrand Bonelo, nas telas do cinema. Apesar do título, e das primeiras seqüências que batem na tela, não é exatamente um filme pornográfico o que promete o Cinema de Arte desta semana. O pornográfo do título é um diretor de cinema, Jacques, que questiona a validade de sua existência, no momento em que está para se reencontrar com o filho, Joseph, que há muitos anos ele não vê. O cineasta Jacques, influenciado pelos fatos de maio de 1968, provoca a sua rebeldia e a sua anarquia, aderindo já nos anos 70, ao cinema pornográfico. Em 1984, diante do fato de que o cinema “hard” já virou comércio, é lixo puro, Jacques abandona o gênero, ao qual está voltando agora por força de sua situação financeira. Se, com uma repórter recusa-se a discutir a importância do cinema pornográfico, em outro momento o filme o flagra filmando um ato pornográfico, mas Jacques prefere fechar os olhos para não observar o que capta a câmara. O que importa agora é reconquistar o amor do filho, Joseph, que declara que o perdoa por ser o que é. Quem faz o papel de Jacques é Jean-Pierre Leaud, um dos ícones do cinema francês da nouvelle-vague, o interpréte de Antoine Doinel em cinco clássicos de François Truffaut. Aos 58 anos, Leaud, já envelhecido pelo tempo, é o grande nome de “O Pornográfo”. Fique de Olho – O diretor estreante Bertrand Bonelo homenageia, em alguns momentos, o cinema de Truffaut, copiando-lhe a partitura de “O Garoto Selvagem”. Sobra homenagens também a Dreyer e a Elia Kazan, outros dois mestres do cinema moderno.
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