Os Amantes Constantes

(Les Amants Reguliers). França, 2005. Direção de Philippe garrel. Roteiro de Garrel, Marc Cholodenko, Arlette Langman. Direção de Fotografia : william Lubtchansky. Música de Jean Claude Vannier. 16 anos, 178m. Cia. Produtora: Maia Filmes, Arte France. Distr. no Brasil: Imovision. Elenco: Louis Garrel, Clothilde Hesme, Julien Lucas, Eric Rulliat, Nicolas Bridet, Mathieus Genet, Raissa Mariotti, Caroline Deruas Garrel, Rebecca Conveniant, Marie Girardin, Maurice Garrel, Cecile Garcia Fogel e Marc Barbé.

 

Gênero – Drama

 

Sinopse – François é um jovem poeta de apenas 20 anos. Uma noite de maio de 1968, em Paris, como em várias outras manifestações, ele uma barricada e afronta as forças de segurança. Perseguido por ele, ele se refugia no teto de um imóvel e sonha com os revolucionários de 1789 e 1848. François recusa-se a fazer o serviço militar e escapa dos gendarmes. Mas, preso e julgado ele consegue escapar graças a um bom certificado médico. Em 1969, no meio de grupo de jovens que participaram dos eventos de maio de 1968, ele se apaixona perdidamente por Lili. Eles vão viver num vasto apartamento de um amigo e se entregam às drogas.

 

Apreciação – Com mais de 20 anos de carreira, este “Os Amantes Constantes” é o primeiro filme de Philippe Garrel a entrar no Brasil. E veio com uma só cópia que está fazendo o circuito de arte do país, até que, naturalmente, se estrague. Claro que Garrell é um cineasta maldito, por fazer filmes que não se enquadram no circuito comercial. É um tipo de cinema que pode nos remeter á nouvelle-vague que a França cultivou nos anos 60 e 70. Hoje, entretanto, o modelo é coisa de museu. Não para Garrell. Este seu filme conseguiu o agrado não só da crítica francesa como da brasileira (Maria do Rosário Caetano, por exemplo, garante, em seu blog, que este é um dos melhores filmes que ela já assistiu na vida). Filho do também ator e realizador Maurice Garrel, Philippe Garrel é o pai de Louis Garrel, interprete principal de “Os sonhadores”, de Bernardo Bertolucci (também sobre os acontecimentos de maio de 1968) e que defende aqui o papel principal. O Garrel avô faz uma ponta no filme. São três horas de projeção (mas muitos críticos ressaltam que essa metragem poderia sofrer redução sem prejudicar o resultado final) e preto e branco. A não ser pelos letreiros brancos em fundo branco, ninguém reclama disso.

 

Fique de Olho – Em Louis Garrel. Ele pode ser o grande astro do cinema francês dentro de pouco tempo.

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