Brasil, 2003. Direção e roteiro de Paulo Sacramento. Direção de Fotografia de Aloysio Raulino. Montagem de Idê Lacreta e Paulo Sacramento. Produção de Gustavo Steinberg e Paulo Sacramento. Companhia Produtora: Olhos de Cão Produções Cinematográficas. Distribuição da Pandora Filmes. 123m, 16m. Sinopse – Um ano antes da desativação da Casa de Detenção de Carandiru em São Paulo, alguns detentos aprenderam a usar câmeras de vídeo para documentar o cotidiano do presídio e obter alguns depoimentos de colegas. Os “cineastas amadores”, e também improvisados, conseguem relatos impressionantes. Apreciação – O cinema documentário brasileiro tem-se mostrado adulto. Recentemente, vimos “Raízes do Brasil” (de Nelson Pereira dos Santos, sobre Sérgio Buarque de Holanda, sociólogo), “Fala Tu” (sobre três personagens que moram em favelas e cultivam o rap como música eterna) e “Rio de Jano”, uma visão um tanto quanto brejeira do Rio de Janeiro como olhado por artista estrangeiro, o francês Juan de Guay. Chegamos agora a este “Prisioneiro da Grade de Ferro”, filmado em 2000, antes da implosão do presídio de Carandiru, no ano seguinte. O filme levou mais de dois anos para ser mostrado pela profusão do material captado pelos próprios presidiários. E nesse ponto o filme obtém uma autenticidade como pouco se tem visto no cinema brasileiro. Naturalmente, falou-se em Carandiru, pensa-se logo no filme de Hector Babenco, calçado no livro de Draúsio Varela. O documentário de Sacramento, porém, é inteiramente diverso do filme de Babenco, e até muito mais autêntico. Imperdível. Fique de Olho – Nas cenas finais do filme, quando Paulo Sacramento introduz entrevistas com autoridades do Estado de São Paulo. Não precisava, tanto que você pode se retirar antes deste registro que não vai perder absolutamente nada… Onde e Quando Ver Programação válida de 02/07 a 08/07 Shopping Riomar – Moviecom Sala 4 – Dias: 03 e 04/07: 10:00