Gênero: Comédia
Direção: Ella Lemhagen
Com:  Gustaf Skarsgård, Torkel Petersson, Thomas Ljungman
Idioma: Sueco
Legendas: Português
Áudio: Sueco (Dolby 2.0)
Tela: Letterbox
Distribuidora: Festival Filmes

Quando se fala em cinema sueco, o nome do diretor Ingmar Bergman é o primeiro que vem à mente. De fato, o maior nome da cinematografia que o país escandinavo teve até hoje. Mas nem por isso, a produção audiovisual daquele país remoto se restringe aos filmes “cabeça” de Bergman.

A produção sueca contemporânea tem chegado no Brasil, é bem verdade, com uma certa escassez, porém quando surgem títulos como este “Patrik 1.5”, tão aclamado em festivais (Toronto Int’l Film Festival, San Francisco Int’l LGBT Filme Festival, Mix Brasil),  a conferência se faz obrigatória.

O filme dirigido por Ella Lemhagen é extremamente simpático e aborda um assunto que está na ordem do dia: a adoção por casais gays. Neste caso, o médico Gorän (Gustaf Skarsgård) tem o desejo de ser pai, mas não obtém de todo o apoio de seu companheiro,  Sven (Torkel Petersson) que já tem uma filha adolescente, fruto de seu relacionamento heterossexual.

Mesmo divergindo em alguns pontos, o casal se inscreve para conseguir a adoção de um garoto de pouco mais de um ano. Após algumas possibilidades frustradas, eis que surge um órfão para eles criarem. O problema é que por um erro de digitação, do Serviço Social, eles terminam por acolher o garoto Patrick (Thomas Ljungman), que além de adolescente delinqüente, mostra-se com tendências homofóbicas.

A confusão está formada, mas o tom da película não é cômico do início ao fim. A trama abre passagem para o drama também, principalmente, quando o ciúme de Sven aflora, Patrik entra em conflito com o casal e Gorän precisa fazer escolhas.

Por Suyene Correia