Das 106 tartarugas encontradas mortas, 95 eram da espécie Oliva / Foto: (Arquivo Infonet) |
106 tartarugas foram encontradas mortas na costa litorânea sergipana nos últimos oito dias. O Projeto Tamar esteve reunido na manhã desta quarta-feira, 25, com o Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), comunidades pesqueiras e donos de embarcações para discutir as possíveis causas do problema e avaliar soluções.
Fábio Lira, biólogo do Projeto Tamar, fala que a principal suspeita é que, por conta da pesca dentro das duas milhas náuticas, as embarcações com rede de arrasto prendem as tartarugas. “São animais que possuem respiração pulmonar. Alguns fatores contribuem para estas mortes, como o período de verão e estiagem, que diminui vazão dos rios, bem como a presença de embarcações de pesca no período de tartarugas na costa para reprodução”.
Apesar das conversas, Fábio afirma que a categoria de pescadores não associa a morte dos animais à atividade. “As evidências são muito fortes, quando começam as pescas cerca de dez tartarugas são encontradas mortas, mas eles não fazem essa relação. As embarcações podem ser autuadas se estiverem navegando de maneira irregular. Sabemos que eles não têm a intenção de mata-las, mas a colaboração deles é importante”.
Ainda não é possível medir as os impactos das perdas. Não foi comprometida a desova, mas tartarugas dificilmente chegam à vida adulta, segundo o biólogo. “A cada mil filhotes do réptil, apenas dois conseguem amadurecer, e tudo isso pode trazer um déficit significativo no futuro”.
Dos 106 animais, 95 eram da espécie Oliva. Caso sejam encontradas, a pessoa deve procurar imediatamente o Projeto Tamar (79) 3243-3214.
Por Victor Siqueira
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