700 famílias são prejudicadas com as mortes dos peixes

Cerca de três toneladas de peixes recolhidos

Sobó conta que cerca de 180 pessoas, entre pescadores e moradores da região, estão ajudando os funcionários da Petrobras no recolhimento dos mariscos. Ele informa ainda que a empresa disponibilizou três lanchas e 90 embarcações artesanais para ajudar na coleta. Os voluntários estão recebendo R$70 por dia para ajudar.

Coleta tem a ajuda de 180 pescadores e moradores da região

João acrescenta que os raros peixes que são encontrados vivos, os pescadores não tem coragem de comer ou vender, já que ninguém sabe se a água do Rio está poluída ou não. Os peixes coletados são colocados em uma caminhonete da Petrobras e levados para a Fafen, onde são encaminhados para uma área conhecida por ”bota-fora”. Segundo João, nessa área é cavada uma valeta para jogar os peixes.

José Santos espera indenização da Petrobras

Tanto João quanto Sobó esperam poder voltar às suas atividades o mais rápido possível. Porém, afirmam que vão entrar com uma ação pedindo indenização da Petrobras. “ Já que não podemos trabalhar e sem trabalho não há sustento, vamos entrar com esse pedido”, ressalta Sobó.

Culpa?

Até agora o Ibama não sabe o que teria provocado a mortandade dos peixes. Por conta da proximidade da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen) com rio onde ocorreram as mortes, cogita-se a possibilidade da contaminação ter sido provocada por dejetos da unidade da Petrobras instalada em Laranjeiras.

Em nota oficial divulgada na última terça-feira, a Petrobras comunicou que a empresa está atuando em conjunto com os órgãos ambientais na investigação das causas que levaram à mortandade de peixes.

Por Mariana Rocha e Carla Sousa