Em todos os setores da economia as mulheres têm, ao longo das últimas duas décadas, avançado sobre postos de serviço antes ocupados por homens. Nesse ritmo, o futuro que parecia inatingível será uma realidade: homens e mulheres, meio a meio, disputando seus espaços no mercado de trabalho, sem as discriminações seculares. Antes mesmo desse possível epílogo da histórica luta feminista – elas podem até inverter o quadro atual -, há áreas de atuação em que as mulheres não só ocuparam suas posições igualitariamente, como dominaram, deixando os marmanjos para trás. Quem for internauta em Sergipe conhece a Infonet, maior provedor do Estado, criado em 1996, e que atualmente recebe mais de 20 mil visitas diariamente de Sergipe e de fora do Estado, destacando desde o noticiário comum até a mega-cobertura dos festejos juninos, transmitindo inclusive on-line a partir de vários pontos de Sergipe. Eram apenas oito funcionários; hoje mais de 50 pessoas, inclusive vários jornalistas estão empregados. Numa economia estagnada, não é pouca gente. Instalada na rua Monsenhor Silveira perto da sede do IPES, a Infonet a partir do ano 2000 transformou-se num portal de conteúdo, valorizando as nossas coisas e a cultura sergipana. Com visão social, procurou apoiar diversas ONG’s e eventos de importância para a melhoria da qualidade de vida da população. Vários sites são hospedados gratuitamente, como o do psicoterapeuta Jácome Góes (www.jacomegoes.com.br), que traz mensagens de otiminismo tão importantes nesses tempos de angústias e opressão consumista. A democratização da informática é uma exigência dos novos tempos de inclusão de populações carentes numa vida mais digna, produtiva e feliz. Várias ONG’s, órgãos públicos e empresas têm dado as mãos nessa cruzada digital. O governo do Estado através da Prodase, por exemplo, firmou parceria com a Telemar e distribui vários terminais públicos de consulta a internet. Outras iniciativas meritórias estão pipocando em todo o país, cuja maioria esmagadora da população é ainda analfabeta digital, empurrando o Brasil para últimas posições no ranking mundial do setor. A Infonet com seus mais de 11 mil clientes é um marco local da visão empresarial com cunho social, contribuindo para a disseminação da nossa cultura, gerando emprego e de certa forma socializando a informática, quando atrai a cada dia mais pessoas para o ambiente da chamada Web. E, diga-se de passagem, com toda a competência e a fina educação das mulheres que trabalham sobre o comando de Ana Paula, Viviane e a jornalista Waneska. Isso sim, é a representação positiva do futuro feminino. * Ricardo Leite é jornalista e advogado ricardoleite@infonet.com.br