A novela da vida real e o ataque da Síndrome de Darlene

A novela imita a vida real ou a vida real imita a novela? É um dos questionamentos, dentre tantos, a se extrair da “Síndrome de Darlene” que afetou os miolos do senador sergipano pelo PDT, José Almeida Lima. Sem suar muito a camisa, ele conseguiu, no último dia 2, em pleno Senado Federal, um espaço apoteótico nos holofotes dos principais veículos de comunicação do país. Como já é de largo conhecimento público, Almeida Lima conquistou a atenção do país em peso quando lançou levianamente que tinha em mãos provas de um estreito relacionamento entre o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e as malandragens de seu ex-assessor Waldomiro Diniz, que provadamente através de vídeo pediu propina ao bicheiro Carlos Cachoeira. Nada fez. Mostrando apenas recortes de jornais e outras baboseiras. Com a bomba jogada no Senado, Almeida Lima ganhou, além dos vaidosamente desejados minutos de fama, uma mudança na alcunha de “Rolando Lero” para “Darlene”. Além de falar muito e não dizer nada – muito lero lero e pouca ação -, o senador mostrou que gosta de aparecer, como acontece com a personagem Darlene da novela “Celebridade” – TV Globo. Na revista Carta Capital, na edição que chegou hoje às bancas, Luiz Alberto Weber destaca em duas páginas o momento de celebridade do senador Almeida Lima, sob o título “Um Dia de Darlene”. De toda esta “novela da vida real”, o que não se pode deixar de observar é como este fato serviu de lição para os veículos de comunicação de todo o país. Dar largo espaço na mídia, seja a quem for, necessita de uma apuração prévia do histórico do denunciante e, principalmente, que se fale abertamente disso. Como se sabe, a massa normalmente não tem acesso à informação por completo e, neste caso, só registra na mente coisas do tipo: “Almeida Lima fez denúncia contra o ministro, você viu?”. E o político vai assim ganhando “fama”… De boca em boca, o povão acaba achando que Almeida Lima defendeu a sociedade!!! Uma loucura, que lamentavelmente faz parte da realidade. E mais! Escrevam aí esta especulação: o senador ainda vai ter a audácia de usar seu “discurso bombástico” em campanha política. Neste momento, mídias de alcance desta camada social, como o rádio, têm um papel ético extraordinário. Aqui em Sergipe, para nosso orgulho, os “Fábios” e “Messias” da vida. É bom arranjar logo a cura desta tal “Síndrome de Darlene”. Já imaginou se a moda pega? Será que todo mundo ganhará na Imprensa nacional seus cinco minutos de fama?

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