O volume de óleo nas praias sergipanas foi reduzido nesta semana, mas os ambientalistas e as equipes da Administração do Meio Ambiente (Adema) continuam atentas porque permanece desconhecida a origem da substância oleosa que invadiu a região Nordeste e praias de dois estados do Sudeste.
De acordo com informações do diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias, as praias da região Norte estão limpas, mas há gotejamentos visíveis nas praias do litoral Sul de Sergipe. “Mas não podemos dizer que cessou porque não sabemos a origem nem temos certeza que o vazamento estancou e ainda não sabemos a fonte geradora”, observou o diretor-presidente da Adema.
As investigações continuam sendo realizadas pela Marinha do Brasil com a parceria da Polícia Federal, mas as informações são mantidas em sigilo. Segundo Gilvan Dias, a investigação já descartou o envolvimento do navio grego, anteriormente apontado como responsável pelo derramamento de óleo no mar. Mas há outros navios na rota da investigação, conforme observou o diretor-presidente da Adema.
Combustão
O produto recolhido nas praias está sendo transportado para o Alto de Jericó em Carmópolis, a unidade especializada da Petrobras, e a destinação final ainda depende de questões burocráticas, segundo Gilvan Dias. Há avançados entendimentos, conforme o diretor-presidente, para a substância ser transportada para uma fábrica para ser utilizada como combustão na produção de cimento. Observando, conforme destaca o diretor-presidente, aspectos relacionados à proteção ambiental para evitar que seja liberada quantidades excessivas de material tóxico a partir da queimada.
De acordo com Gilvan Dias, 599 toneladas da substância oleosa já foram recolhidas em Sergipe. Em alguns locais, o material foi retirado das praias, mas continua armazenado em pontos estratégicos no litoral e deve ser transportado para o Alto de Jericó.
O Governo do Estado ainda não utilizou os recursos liberados pelo Governo Federal para a contatação de empresa especializada para monitoramento, limpeza e transporte de material. Segundo Gilvan Dias, como o volume do óleo foi reduzido, os técnicos estão avaliando a necessidade de uso ou não desses recursos, apesar do processo licitatório já ter sido concluído. “Estamos otimizando os gastos públicos e avaliando para ver se vale a pena fazer o investimento”, diz, fazendo referência ao óleo que, embora em menor quantidade continua aparecendo no litoral.
Caso o recurso não seja utilizado para essa finalidade, a verba será devolvida ao Governo Federal. “É verba carimbada, não pode ser usada para outra finalidade”, diz Gilvan Dias. Os técnicos dos órgãos ambientais continuam monitorando as praias sergipanas, de forma menos intensa: uma vez por semana no litoral Norte e duas vezes nesse mesmo período no Sul.
por Cassia Santana
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