Advogado de italianos lamenta impasse na visita

A embarcação encalhou na praia (Foto: Arquivo Infonet)

Familiares da italiana presa em Sergipe após o encalhe de um veleiro na Orla de Atalaia no mês de dezembro de 2011 estiveram no Estado visitando o casal detido na ocasião. Ambos continuam detidos em diferentes casas prisionais. Davide Migani, de 42 anos, encontra-se no presídio Antônio Jacinto Filho (Compajaf), localizado no bairro Santa Maria, e Giorgia Pierguid, de 36 anos, foi encaminhada ao presídio de Nossa Senhora do Socorro.

O juiz da 2ª Vara Federal determinou que fosse autorizada a visita, mas os diretores do presídio não permitiram. De acordo com o advogado do casal, Emanuel Cacho, houve burocracia por parte da direção do presídio do bairro Santa Maria em conceder a visita ao italiano Davide Migani. “Nós retornamos para o juiz e ele mandou o oficial de justiça fazer a entrega da intimação, obrigando o diretor do presídio a cumprir a medida sob pena de desobediência. Depois que a visita foi permitida, Davide Migani se manteve algemado por duas horas em uma sala com três pessoas, constrangendo a família. O que houve foi abuso de autoridade”, conta.

Emanuel Cacho ainda denunciou o "desrespeito" da direção do presídio em não permitir que Davide Migane recebesse a visita de cônsul italiano. O advogado esteve na tarde desta quinta-feira, dia 12, no Ministério Público Federal (MPF) para solicitar que o órgão apure a situação.

A Capitania dos Portos tem um prazo de 70 dias para emitir um documento apontando a causa do acidente. Já a Polícia Federal tem até o dia 24 de janeiro para enviá-lo para a Justiça Federal.

O Portal Infonet entrou em contato com o diretor do Desipe, Manuel Lúcio, na noite desta quinta-feira, dia 12. Ele informou que as denúncias não procedem e que foi dada a autorização ao cônsul para que a visita fosse realizada. Ainda de acordo com ele, a visita só pode ser feita dentro das normas estabelecidas pelo Complexo. Sobre a existência do abuso de autoridade contra o italiano Davide Migane, Manuel Lúcio novamente desmentiu o fato.