Os bancários que trabalham no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil, resolveram – em assembléia geral realizada às 19 horas de ontem – entrar em greve a partir de hoje. Segundo Milton Bispo, presidente do Sindicato dos Bancários, a decisão referenda o posicionamento acordado pela categoria em outra assembléia, realizada no último dia 14. Os bancários de Sergipe passam, agora, a integrar a greve que já dura oito dias em outros Estados do país. Agora pela manhã, membros do Sindicato estão fazendo um trabalho de convencimento, em frente ao CPD do Banese, no Distrito Industrial, para que os empregados da instituição abracem o movimento. Quanto aos bancos particulares, Bispo afirmou que a situação é mais complicada. “Tivemos muitos companheiros perdendo emprego por participar de greves”, observou. Mas, segundo o sindicalista, representantes dos bancários da rede privada afirmaram que, se o Sindicato colocar faixas indicando o estado de greve nas sedes dos bancos, eles deverão respeitar o movimento. Os grevistas também definiram manter o efetivo mínimo de 30%, principalmente na área de compensação, para que a população não seja prejudicada. “Além disso, os Caixas Eletrônicos continuarão funcionando e as pessoas podem efetuar o pagamento de suas faturas nas Casas Lotéricas”, observou o presidente do Sindicato. Os bancários pedem 25% de aumento real, ou seja, descontada a inflação, e participação nos lucros e resultados de um salário de mais de R$ 1.200. Está na pauta de negociação também a redução da jornada de trabalho e isonomia para os novos funcionários da CEF e do BB. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) respondeu à solicitação da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), feita na última sexta-feira, e aceitou dialogar novamente.
Comentários