Agente penitenciário é ferido por detento no Compecan

Francisco Vieira foi ferido na mão. Após curativo, tomou vacina antitetânica (Foto: Divulgação)

O agente penitenciário Francisco Vieira teve a mão perfurada e um ferimento nas costas no final da manhã desta segunda-feira, 7 por um detento da Ala B, Pavilhão 3 do Complexo Penitenciário Carvalho Neto (Compecan), em São Cristóvão. O diretor do presídio, Alexandre Iglesias, descartou a possibilidade de princípio de rebelião ou a de que o agente fosse feito refém.

Na porta do presídio, a informação é de que o detento teria ferido o agente com chucho e tentado fazê-lo de refém, apesar de neste pavilhão não estar acontecendo visitas nesta segunda-feira. Francisco Vieira é dotado de Capacitação em Habilidade Especiais na Gerência Penitenciária de Operações Especiais (Gpoe) em 2009, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, tendo conseguido se livrar do detento. Após a sirene ter disparado, outros agentes correram para o pavilhão e liberaram o colega. Há quem acredite que se fosse um dos mais antigos, a situação poderia ter sido pior.

Entrada do Compecan (Fotos: Portal Infonet)

O Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Estado da Justiça de Sergipe (Sindpen) já está dando suporte ao trabalhador ferido no Compecan. “O Sindipen está prestando juntamente com a assessoria jurídica, todo o auxílio devido ao agente Francisco Vieira, sofreu um atentado no Copemcan para ser feito refém”, destaca o vice-presidente do sindicato, Marcelo Soares.

Presídio

A equipe do Portal Infonet esteve no Presídio de São Cristóvão e conversou com o diretor Alesxandre Iglesias, que garantiu ter sido apenas um incidente.

“Não houve nada de princípio de rebelião ou de tentativa de fazer agente penitenciário de refém ou qualquer outra pessoa. Foi um incidente de envolvimento isolado entre o agente e o preso. Não houve um plano, um intento coletivo de fazer ninguém de refém. Entendo que este é um momento em que a categoria passa por conta da discussão de reajuste com o Governo e quero dizer que eu como diretor, por mais técnico que possa me reportar, vai ter uma conotação política. Mas de antemão lhe asseguro que não houve nenhuma tentativa de rebelião. Se tivesse, jamais teríamos liberado a visita para o Pavilhão A”, destaca Alexandre Iglesias acrescentando não saber precisar com que objeto o agente foi ferido.

Alexandre Iglesias, diretor do Compecan

Presídio abriga 2.300 presos, mas a capacidade é para 800

Na assessoria de Comunicação da Secretaria de Justiça, a informação é de que “o agente foi ferido na mão e nas costas e não sabemos a motivação. Outro foi chegando e interveio puxando uma arma, mas não chegou a disparar, pois o detento foi contido e está tudo tranqüilo. O agente foi atendido na unidade e voltou a desenvolver as atividades normalmente”.

O Compecan abriga 2.300 presos, mas a capacidade é para 800.

“Essa é uma situação de todo o sistema prisional, o que compromete os serviços prestados. Com a inauguração do novo presídio de Estância, haverá uma melhora”, completa o diretor do Compecan.

Por Aldaci de Souza

A matéria foi alterada às 17h51 para alteração de informação.

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