Os agentes penitenciários voltam a cruzar os braços. A paralisação teve início nesta quinta-feira, 19, e desta vez a categoria pede que o projeto acordado na Mesa Geral de Negociação com o Governo do Estado seja enviado para aprovação da Assembléia Legislativa. Caso o projeto não seja votado até dia 30 desse mês deve ficar só para o próximo ano.
“O governo não cumpriu o que prometeu e a categoria se viu forçada a fazer essa greve”, explicou o 1° secretário do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe, Leosmário de Andrade. Ele enfatizou que a categoria tem trabalhado de forma eficaz, conseguindo conter fugas e rebeliões e por conta disso o sistema prisional do Estado já foi considerado o 3° melhor do país. No entanto, os agentes alegam que não estão tendo do governo a recompensa por este trabalho.
De acordo com o agente Luis Carlos, a luta agora não é por aumento salarial é para garantir o recebimento do salário. Se o projeto não for aprovado, as duas gratificações que os agentes recebem como complemento serão cortadas. “75% do salário é garantido através de decreto, o que é inconstitucional. Nos queremos que vire lei, porque é como deve ser”, explica o agente Joselito Resende. Perdendo as gratificações, os agentes passam a receber R$ 400 de salário. Leosmário de Andrade
Sobre a nota divulgada ontem, 18, pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc), os agentes dizem se tratar de uma mentira o fato de o secretário alegar que a categoria está fechada para negociação. “Nos fomos a categoria que primeiro negociou com o governo, e hoje não sabemos o que vai acontecer com o acordo, chegamos a abrir mão de alguns pontos que estávamos reivindicando. O governo pagou para ver essa greve”,
declara Leosmário.
Por conta da paralisação dos agentes penitenciários já foi registrado na manhã de hoje um início de motim na penitenciária de Nossa Senhora da Glória. Apesar de manter o efetivo de 30% a categoria garante que o número de pessoas trabalhando é pequeno para garantir a segurança nas unidades. Na nota divulgada pela Sejuc foi informado que as visitas e as audiências que necessitam da presença do preso.
Por Carla Sousa