Dezenas de agentes prisionais participram na manhã de hoje, 20, de um protesto em frente a Secretaria de Estado da Justiça para reivindicar isonomia salarial e aumento de 3% para a categoria que resultou numa troca de acusações entre o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo, e o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Antônio Cláudio Viana, de que o ato seria eleitoreiro. A eleição para a nova diretoria do Sindicato deve ocorrer no próximo dia 21. Agentes reunidos em frente a Sejuc
Segundo Benedito Figueiredo, existe um projeto que está sendo elaborado pela Secretaria da Justiça que o governador Marcelo Déda deverá encaminhar à Assembléia Legislativa para que seja retificada alguma distorção na equiparação salarial dos agentes, mas só deverá ser encaminhado após as eleições sindicais.
“Foi desencadeado o processo de sucessão no sindicato. Ao saber dessa lei que a Secretaria de Justiça vai enviar para Assembléia resolveu fazer a passeata. É um processo rigorosamente eleitoral. Eu seria parcial se dissesse que eu vou dar 3% para todos. Porque eu estaria auxiliando uma parte envolvida no pleito”, disse o secretário. Secretário de Justiça
Benedito Figueiredo afirmou que o projeto seguirá para Assembléia Legislativa após o processo eleitoral. “A partir de agora eu só mando o projeto depois que houver a sucessão no Sindicato. Eu mandar o projeto e eles dizerem que não foi o Governo do Estado que foi eles que conseguiram o projeto?”, indagou Benedito.
Sindicato
Para o presidente do Sindicato, Antônio Cláudio Viana, as afirmações do secretário de que o protesto é um ato eleitoreiro, é uma forma medíocre de discussão. Que uma das reivindicação da categoria é que as gratificações sejam feitas por critérios técnicos e não políticos. “Vincular uma gratificação a um processo de eleição sindical , é, no mínimo, uma brincadeira com o trabalhador”, respondeu.
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Presidente do Sindicato |
Segundo Viana, o que deve se discutir é a política da ‘babação’. Os agentes prisionais recebam gratificação pelo critério técnico e não político. “O que nós queremos é que pare de uma vez por todas de que cargo e gratificação seja barganha política inclusive nesse atual governo”, declarou. “Temos que acabar com a política de ‘babação’. Não se deve atrelar os salários ao critério político”, rebateu.
Por Paulo Rolemberg