Agentes se reúnem com presidente da OAB

Agentes querem o preenchimento de 1.500 novas vagas
Agentes penitenciários que atuam no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), estão realizando desde este domingo, 12, apenas atividades administrativas. A categoria reivindica desde 2007, a realização de um concurso público para o preenchimento de 1.500 vagas. Representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe, estarão reunidos nesta terça-feira, 14, com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)/Se, Henri Clay Andrade, para relatar os problemas que estão passando.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe, Antônio Cláudio Viana, informou que no Complexo Carvalho Neto, trabalha um agente para 100 detentos. “O certo seria um agente para cinco detentos. Ali existem várias organizações criminosas a exemplo do PCC e os agentes não podem continuar arriscando as vidas por conta de condições pífias e precárias de segurança”, enfatiza.

Antônio Cláudio: “Um agente para cada cinco detentos”
Ele disse que os agentes se recusam a entrar no presídio de São Cristóvão e com isso alguns estão sendo transferidos para outros municípios longe da capital. “Quem não está aceitando trabalhar, está sendo transferido para presídios como o de Tobias Barreto e o de Nossa Senhora da Glória”, denuncia Antônio Cláudio Viana.

Anistia Internacional

O sindicalista destacou que além de pedirem apoio à OAB, a categoria vai enviar documentos à Anistia Internacional e ao Ministério da Justiça. “O Governo do Estado já realizou cinco concursos para a polícia civil, cinco para a polícia militar e apenas um para os agentes. E pensa que, concedendo reajuste salarial e construindo cadeiões, já fez a parte dele. Os agentes não podem continuar correndo risco por isso vamos denunciar essa política criminosa”, alerta.

Contraponto

No Copemcan não há previsão de concurso para este ano
No Complexo Carvalho Neto, a informação do diretor Rosman Pereira é de que na negociação salarial entre Governo do Estado e agentes penitenciários, ficou definida que os setores seriam ocupados por guardas, mas somente por meio de concurso até o final de dezembro de 2010.

“Nós estamos realmente com o número de agentes penitenciários reduzido. Só que a categoria foi informada de que o concurso para preenchimento de novas vagas não pode ser realizado agora em 2009, por não estar previsto no orçamento do ano passado”, explica.

Quanto à denúncia de que os guardas estão sendo coagidos, ameaçados de perder o emprego e transferidos, Rosman Pereira disse que: “isso não existe, pois se fosse verdade, todo mundo que participou da reunião na porta do Copemcan, teria sido transferido. Não existe qualquer perseguição”, garante acrescentando que a manifestação é baseada numa resolução do Conselho Penitenciário, que prevê a presença de um guarda para cinco presos, mas apenas na construção de novos presídios.

Por Aldaci de Souza

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