Alma gêmea: amor sem temores

A noite de hoje, sexta-feira, será marcada por um momento de reflexão sobre o tema “Almas Gêmeas”. A palestra, que tem início às 19h30min, no Filantrópico Bezerra de Menezes, será ministrada por Benjamin Teixeira, escritor, orador, apresentador de televisão e médium. O evento faz parte do Fórum Espírita sobre a Família, dentro das comemorações de aniversário do médico Adolfo Bezerra de Menezes e dos 25 anos do Pronto Socorro Bezerra de Menezes – Prosebem. Confira entrevista exclusiva concedida ao Portal InfoNet. PORTAL INFONET – “Almas Gêmeas”. Esse é um tema bastante polêmico. O que você trará ao público na noite de hoje, no Filantrópico Bezerra de Menezes? Benjamin Teixeira – Que o tema é complexo. Que não é tolo quanto parece aos mais instruídos: há mesmo respaldo em certos eventos intrigantes das sub-partículas atômicas, estudados pela Física Quântica, como o “paradoxo Einstein-Rose”, para sua eventual realidade (para quem quiser aceitá-la). Que encontramos almas gêmeas em afetos, mas também em desafetos. Que não necessariamente há vinculação sexual entre gêmeos do espírito (normalmente não há). INFONET – Existem almas gêmeas com parentesco familiar? BT – Sim, tanto quanto sem nenhuma ligação de consangüinidade. A gemelidade que ventilaremos é espiritual e não orgânica ou genética. Mas é comum, sem dúvida, almas muito afins encarnarem no seio de uma mesma família biológica, como pais e filhos, por exemplo. INFONET – Em se falando em almas gêmeas, muitas pessoas pensam em alguém do sexo oposto. Isso é verdade? BT – Como disse acima, normalmente as ligações espirituais mais profundas não têm qualquer desdobramento físico ou sexual. São conexões de alma a alma, por isso duradouras e à prova de qualquer adversidade, até mesmo a morte. Lembremos do amor de mãe, que parece ser o mais puro conhecido pela espécie humana, e sua total ausência de conteúdo erótico (a não ser para os casos patológicos ou para as correntes psicológicas doentes), e compreenderemos que o amor não tem que desdobrar, obrigatoriamente, em sexo, e costuma, quando muito grande e profundo, excluir os elementos de atração física. INFONET – Por que existem as almas gêmeas? Qual a finalidade do encontro, ou poderíamos dizer reencontro dessas pessoas? BT – Evolução. Temos, na alma gêmea e na profunda e abrangente afinidade que nutrimos com elas, um referencial do amor incondicional que um dia, quando atingirmos o nível evolutivo angélico, dispensaremos a todas as criaturas, indistintamente. INFONET – Todas as pessoas têm uma “cara metade”? Aliás, esse termo pode ser empregado quando tratamos do tema? BT – É um termo que revela a profunda ignorância que pervaga, de modo geral, em torno do assunto, porque, primeiramente, faz alusão ao mais raro tipo de alma gêmea, que é aquela com quem desenvolvemos envolvimento erótico. Segundo que, quando há uma boa e produtiva relação conjugal, não vemos nem sentimos o outro como “a outra metade” de nós próprios, porque isso indicaria uma relação patológica de dependência, de insuficiência pessoal, de imaturidade psicológica. Quando acontece de almas gêmeas encontrarem-se, com equilíbrio, na condição de esposos, são duas individualidades bem definidas e bem centradas, que, juntas, formam uma individualidade maior, um terceiro elemento, coletivo, resultado de sua ligação, um magnífico “nós”, que não oprime, nem castra as duas individualidades que a constituem, de nenhuma maneira que seja, mas, justamente ao reverso: ajuda-as no desdobramento de seus potenciais isolados, fazendo-as ainda mais fortalecidas em seu sentimento de identidade pessoal. Onde há muito amor, e seus corolários essenciais (confiança, respeito, desejo de felicidade e progresso do outro), há total liberdade, nenhum desejo de exercer poder ou controle sobre o outro. Quanto mais sentimos ímpetos de desejo, posse e poder sobre o outro, menos o amamos na verdade. Na Terra, a maior parte das criaturas humanas confunde amor com manifestações neuróticas de medo, carência e diversos complexos de abandono, rejeição, inferioridade e culpa. INFONET – O que fazer quando encontramos nossa alma gêmea? BT – Devemos amá-la, sem temores. Amor assusta o ego e custa, realmente, muito caro a ele. Muita gente deixa de viver grandes histórias de amizade, de parceria ou de amor, por temer a exposição, a vulnerabilidade, a rejeição, a decepção, a perda, a ruptura. Só que quem se fecha para a dor, insensibiliza-se para a felicidade também. E, por fim, devemos fazer, paralelamente, um esforço para não cairmos na tendência fortíssima, ao acontecer o encontro das almas gêmeas, de nos fecharmos em torno dela(s) e esquecer o mundo lá fora, como se estivéssemos num paraíso particular, proibido para estranhos. Muitas almas gêmeas são tragicamente separadas uma da outra, por se isolarem e isso dificultar o andamento de sua missão de vida e atravancar seu próprio progresso psicológico e moral. Ou seja: tanto querem preservar sua felicidade, egoisticamente, que acabam por determinar sua perda, por necessidade evolutiva de aprenderem a partilhar suas conquistas com os outros, indistintamente. Não que se saia por aí, cantando aos quatro ventos estar vivendo no paraíso, porque isso, inclusive, seria falta de caridade, por estarmos numa humanidade sofrida e carente (o que até ocasionaria o padecimento de fortes energias destrutivas de inveja, podendo mesmo comprometer o relacionamento com o gêmeo do espírito), mas que se espalhe amor com nossos irmãos em humanidade, principalmente os mais sofridos e carentes, irrestritamente, em homenagem ao grande amor encontrado. Mais informações sobre o palestrante no site: www.saltoquantico.com.br. O Filantrópico Bezerra de Menezes fica localizado na Rua Nossa Senhora das Dores, 769, Cirurgia. Contatos pelo telefone (0xx79) 232-2626.

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