Alunos esperam que greve de servidores seja breve

A greve, por tempo indeterminado, iniciada pelos servidores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), na ultima segunda-feira, 28, anda preocupando estudantes que necessitam de setores essenciais para o andamento da vida acadêmica. O restaurante universitário (Resun), biblioteca central, laboratórios e departamentos do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas e do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde estão sem funcionamento.

A estudante do 5º período de psicologia, Catarina Barros observa que o não funcionamento destes setores irá complicar a todos. “Por pouco tempo, são somente dois dias, nada de tão grave pode acontecer, mas a permanência da greve afeta

Catarina Barros
diretamente a estabilidade do aluno. Alunos que moram pelas imediações da UFS optam por almoçar aqui no Resun por ser barato”comenta a aluna.

“Não dá pra reunir-se no Beto (lanchonete interna do campus). A biblioteca serve para isso. O funcionamento de um departamento é essencial para a organização dos professores”, reclama Michel Coutinho, estudante do 5º período de Psicologia. “Hoje mesmo eu ia ter aula na biblioteca, mas tenho que estudar aqui fora”, aponta o estudante do 3º período de Artes Visuais, Diogo Santana.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Sergipe, Joseilton Nery Rocha, reconhece que a paralisação afeta os alunos. “Esse momento de discussão atinge os três segmentos: servidores, alunos e

Joseilton Rocha
professores. Mas são pautas que buscam as melhorias para todos. Não são questões meramente coorporativas. São as melhores condições dos laboratórios, materiais para estudos, recursos que buscam uma pauta prioritária a todos”, diz.

Os principais pontos de reivindicação por parte dos servidores são: a retirada do PL 01/2007 , projeto que prevê que até 2016 todas as despesas da União com pessoal e encargos poderão aumentar, no máximo, a correção da inflação mais 1,5% ao ano. Manutenção do veto à emenda três e do direito de greve; aprimoramento e consolidação do Plano de Carreira e a não transformação do Hospital Universitário numa fundação estatal são outras reivindicações dos manifestantes.

Resun está fechado
Nesta quarta-feira, 30, às 9h, será realizada um assembléia com a categoria para analisar a situação da greve. Hoje, a UFS conta com 1.200 servidores e técnicos administrativos, e cerca de 300 são inativos.

 

 

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