Antônio Francisco não teve autorização para dar entrevista

Continua até o momento a leitura das peças do processo do julgamento de Antônio Francisco. A expectativa é que a juíza Iolanda Guimarães, da 5ª Vara Criminal, suspenda a sessão a qualquer momento para dar prosseguimento amanhã.

O momento de maior impacto no primeiro dia do julgamento que iniciou hoje, 16, foi quando a promotoria de acusação, composta pelos promotores Rogério Ferreira e Deijaniro Jonas e o assistente Saulo Eloy, questionou se existiu autorização para o preso conceder entrevista.

O promotor Rogério Ferreira enfatizou que estranhara uma entrevista cedida um dia antes do julgamento, no jornal noturno e numa emissora de grande audiência. A acusação também alertou que a entrevista durou 5 minutos e 22 segundos durante um jornal que teve seu horário reduzido por conta da propaganda eleitoral.

A juíza Iolanda Guimarães respondeu que nem ela e nem o juiz da vara de execuções, Dr. Diógenes Barreto, haviam autorizado a entrevista. A mesma solicitou cópias da entrevista e anexou as interpelações aos autos.

Enquanto a defesa alegava que o acusado tinha direito de dar entrevistas, a promotoria de acusação explicava que ele é um preso e tem direitos cerceados, pois está sob em custódia da Justiça.

Remédios
O acusado Antônio Francisco, que está em prisão domiciliar, não entrou algemado, mas carregando um envelope contendo diversos remédios. Apesar da defesa, composta pelos advogados Marcelo Eloy e Gilton Garcia, alegar que o réu necessitava tomar remédios a cada duas horas, a juíza solicitou que  fossem colocados na sala anexa ao Tribunal onde também foi colocada uma cama caso o acusado necessitasse.

Foi acordado entre a defesa e acusação que Antônio Francisco não necessitava ficar presente na sala durante a leitura das peças dos processos por ser demorada e cansativa. O réu permaneceu na sala em anexo.

Esteve presente no Tribunal a mãe do deputado Joaldo Barbosa, uma senhora de 78 anos que enfatizou que se “ele colocava-se como velho, ela era velha também e mãe. E queria Justiça”.