Anuário traz dados sobre a segurança pública em Sergipe

Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontaram um crescimento no número de homicídios, estelionatos, injúria racial, racismo e racismo por homofobia ou transfobias entre 2021 e 2022, em Sergipe. O anuário foi divulgado nessa quinta-feira, 21, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo os dados, em 2021, Sergipe registou um total de 562 denúncias de homicídio doloso. Em 2022, esse número subiu para 579. Aumento equivalente a 103%.

Já em relação ao número de denúncias de estelionato, em 2021, 15.754 denúncias foram formalizadas. Enquanto, em 2022, esse número saltou para 19.216, representando um aumento de 121,97%. O número desse tipo de crime ocorrido em ambiente eletrônico em 2021 foi de 80, em 2022, subiu para 432. Aumentando 540%.

Ainda segundo os dados, outro crime que apresentou crescimento em Sergipe foi a injúria racial, que em 2021 registrou 202 denúncias e, em 2022, 228. Salto de 112, 87%. Assim como o crime de racismo, que em 2021, apresentou 56 casos e, em 2022, 107, representando um aumento de 191%.

Outro dado que chama a atenção é o do crescimento da quantidade de registros de racismo por homofobia ou transfobias no estado. Em 2021, esse tipo de crimes registrou apenas dois casos, já em 2022, esse número subiu para 11, o que se refere a um aumento de 550%.

Stalking e violência psicológica contra a mulher

Segundo os dados, em 2021, Sergipe havia registrado 381 denúncias de crimes de stalking. Já em 2022, esse número subiu para 517. Valores que representam um aumento de 35,69%.

Já em relação ao número de denúncias de violência psicológica contra mulher, o estado registrou 161 em 2021 e 398 em 2022, representando um aumento de 147,2%.

O levantamento também cita os casos de importunação sexual. No ano de 2021, foram registrados 261 casos de importunação sexual em Sergipe e no ano seguinte o estado contabilizou 266 casos.

O anuário

Os dados utilizados pelo anuário são fornecidos pelas secretarias de segurança públicas, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública dos Estados brasileiros. Sua publicação promove transparência e prestação de contas na área. Além de incentivar a avaliação de políticas públicas e promover debates.

Por Luana Maria e Verlane Estácio