Com 42 anos de atividades a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Aracaju pode estar com os dias contados. Com o crescente número de pessoas atendidas e a pouca verba para a manutenção dos serviços, a instituição pede ajuda para evitar o fim dos atendimentos. Com 42 anos, APAE de Aracaju pode ser fechada (Fotos: Portal Infonet)
De acordo com o presidente da instituição, Homero Felizola, a Apae está passando por dificuldades. “Há mais de cinco anos que atuou neste trabalho social na APAE, sendo que hoje temos 348 crianças assistidas. Somos a única instituição da capital sergipana que não cobra por atendimentos a pessoas com síndrome de Down, paralisia cerebral e com deficiência intelectual. Nos últimos tempos temos passado por sérias dificuldades financeiras”, explica.
Homero está precupado com futuro da instituição |
“Normalmente arrecadamos uma quantia de R$70 mil por mês para atender as demandas da casa. Ultimamente só temos recebido R$48 mil dentre todas as doações que chegam até nós. Parece muito, mas as despesas são altas. Sem contar que são mais 14 profissionais no ambulatório, dentre enfermeiros e odontólogos, pagos por folha”, relata.
Corte
Dentre uma das alternativas para as doações, o telemarketing era um dos mais utilizados pela sociedade. O serviço teve de ser suspenso. “Tivemos que desativar o telemarketing para ter menos despesas para arcar. De certa maneira, isso ocasionou uma diminuição de pelo menos R$12 mil de doações recebidas. Se isso continuar teremos de cancelar os serviços da instituição, prejudicando muita gente”, esclarece o presidente Homero. Para Edenilson o fechamento da APAE é algo inimaginável
Prejuízos
Há cinco anos, Edenilson Matos ou sua esposa saem quase todos os dias do bairro Getimana, em Aracaju, para levar a filha, Débora Santos Matos, de 7 anos, portadora de paralisia cerebral, à Apae. Para Edenilson, o fechamento da instituição é algo inimaginável. “Não sei para onde nós iríamos. Há muito tempo que trago minha filha para cá e sempre foi tudo organizado. Não temos condições de pagar outro lugar”, ressalta preocupado.
Serviços
A Apae Aracaju desenvolve atividades sócio-inclusivas sem fins lucrativos com pessoas a partir de dois dias de vida que possuem síndrome de Down, paralisia cerebral e deficiência intelectual. “Aqui existe acompanhamento pedagógico, aulas artísticas, capoeira, atendimentos médicos no ambulatório, e tantos outros. Seu fechamento representaria um impacto muito grande tanto para os assistidos, pais e acompanhantes, quanto para todos nós”, aponta a assistente social da instituição, Izailda Maya. Izailda Maya, assistente social da instituição
O presidente Homero faz um apelo a toda sociedade. “Não podemos deixar que essa casa acabe dessa forma deixando tanta gente na mão. Já temos uma parceria com o Ministério
Público e com a Procuradoria do Estado, sendo que sempre trabalhamos com transparência. A sociedade está convida para vir a APAE e conhecer nossos projetos, conferir como trabalhamos e fazer sua contribuição a esse trabalho”, Assistidos se aquecem para as aulas de capoeira
A Apae em Aracaju fica localizada na rua Manelito Carvalho, 379, no bairro Industrial, próximo ao estádio Sabino Ribeiro. Quem tiver interesse em fazer uma visita à instituição poderá marcar através do telefone (79) 3215-5959. A sociedade também pode doar qualquer quantia, por meio de depósito direto nas contas da APAE:
– Banese: agência – 014 | conta – 101.116-9/122.001-9 | tipo – 3;
– Banco do Brasil: agência – 0017-5 | conta – 4676 – 0 | tipo – 3;
– Caixa Econômica Federal: agência – 1045 | conta – 00630-3
Por Victor Hugo e Kátia Susanna
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