Apae não recebe verba federal e passa dificuldades

Sede da Apae no bairro Industrial
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (Apae), passa por séria crise financeira, por conta do atraso de quatro meses no repasse da chamada ação continuada, no valor de R$ 5 mil mensais. Do total de 86 funcionários, 10 serão dispensados para que a instituição possa se adequar à realidade e não fechar as portas, deixando desamparadas 314 especiais. A despesa mensal da Apae é de R$ 74 mil. Desses, 25% são gastos para pagamento de salários de especialistas como fonoaudiólogos, neurologistas, assistentes sociais e enfermeiros.

O presidente da Apae Aracaju, Homero Felizola explicou que os cinco mil reais enviados pelo Governo Federal, chegam para a Prefeitura de Aracaju, que repassa para a instituição.“A prefeitura adiou a prestação de contas de 2008 para fevereiro. Como em dezembro e janeiro as folhas são dobradas por conta do 13º e das férias, a situação se agravou. Tanto que só pagamos até agora, metade dos salários de dezembro. Se o dinheiro viesse diretamente para a Apae, talvez fosse melhor”,diz.

Homero: “Só de vale-transporte são R$ 5 mil mensais”
Homero Felizola destacou que a verba que chega do Governo Federal é de R$ 15, 92 por criança. “Se a gente desse um pirulito por dia a cada criança assistida pela Apae, esse dinheiro não ia dar, quanto mais quem fornece quatro refeições ao dia e mantém um ambulatório com 14 profissionais, entre psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, enfermeiros e assistentes sociais”, ressalta acrescentando que somente de vale-transporte, gasta-se R$ 5 mil por mês.

“O que nos deixa constrangido é assistir na TV que o Governo Federal disponibiliza R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para acudir as indústrias e atrasa quatro meses a verba para uma instituição da importância da Apae, que completa 41 anos agora em 2008, sem faturamento e com uma despesa de R$ 74 mil/mês”, reclama.

Ajudas acanhadas

O presidente da Apae disse ainda que o Governo do Estado disponibiliza dois dentistas e um enfermeiro e que a Prefeitura de Aracaju envia sucos, biscoitos e 16 quilos de carne por mês. “Nós gastamos 14 quilos de carne por dia nas quatro refeições dos 314 assistidos. Contamos com a ajuda de 17% dos funcionários da ativa da Petrobras, de empresas, colégios e algumas pessoas da sociedade, por meio do projeto Adote uma Criança Especial. Se cada pessoa que possui um filho normal doasse pelo menos R$ 10, a situação seria outra”, entende.

Quem quiser ajudar a Apae, deve ligar para o número (0xx79) 3215-6057 e falar com algum atendente do Telemarketing.

Sala de Fisioterapia da instituição
Projetos desenvolvidos

Entre os projetos desenvolvidos pela Apae Aracaju, está o de Estimulação Precoce, que assiste todas as crianças que nascem com Síndrome de Dawn, paralisia múltipla, deficiência mental (este consome 25% dos gastos, por conta dos profissionais de saúde).  “Agora em 2009, estamos implantando o Projeto da 3ª Idade, para os nossos alunos com mais de 40 anos. Faremos viagens com eles”, anuncia, lembrando que a Apae atende crianças e adolescentes de 17 municípios sergipanos.

Clique aqui e confira a explicação da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) sobre o repasse das verbas.

Por Aldaci de Souza

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