Após nove dias participando ativamente das buscas em Brumadinho (MG), os cinco bombeiros militares e os quatro cães farejadores retornaram à Sergipe. Durante a força-tarefa, a equipe resgatou seis corpos e 34 fragmentos dos dejetos de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos originados da queda da barragem do Córrego do Feijão.
Em coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira, 25, o capitão Alysson Carvalho descreveu o trabalho sergipano que auxiliou do 17º ao 25º dia de buscas. “O cenário é gigantesco. Através das imagens a gente não consegue ter proporções do que encontrou lá. Foi um trabalho de formiguinha, mas fizemos parte de um grande corpo”, descreveu.
Para o capitão, além do interesse em resgatar as vítimas submersas na lama, outro objetivo da equipe era se mantar a salvo. “Sempre há riscos de chuvas, descargas atmosféricas e o cenário é de difícil mobilidade. Nossa precaução era para que não houvesse mais vítimas e sim trazer um fio de esperança para quem perdeu seus familiares”, disse o militar.
O bombeiro ainda mencionou a solidariedade dos moradores da região ao prestar apoio às equipes de buscas. “Aquilo nos dava força”, lembra.
Atualmente, o pessoal que ainda atua na região está reduzido e concentrado em três locais. Segundo o capitão Carvalho, 12 drones fazem o monitoramento diário da área. O número de mortos subiu para 179 e ainda há 134 desaparecidos.
por Jéssica França
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