No povoado Gameleira, em frente à Rodovia dos Náufragos, o aposentado Antônio Brandão, 78, que vive com sua esposa, dona Maria Auxiliadora, 73, disse que a água da lagoa que fica atrás da sua casa nunca havia invadido seu quintal. “Nunca tinha alagado assim, é da chuva e também de um condomínio ao lado que fizeram, pois era um terreno alagado. Eles não fizeram um sistema de esgoto”, denunciou. Antônio disse que os moradores entraram com uma ação na justiça ainda no ano passado já prevendo que a construção do condomínio poderia prejudicar a vizinhança. Em pior situação vivem os moradores da Travessa da Selva. O muro que dá acesso à localidade só não caiu porque está escorado em um poste de energia. Há inúmeras poças de água no local, tornando o solo cheio de lama. Os moradores estão sem água encanada e energia elétrica. Há 19 dias eles estão abrigados no Colégio Estadual Leonor Teles de Menezes. De acordo com a desempregada Maria Janete dos Santos, conhecida como ‘Rosa’, os pais de alunos da escola ficam pressionando as pessoas que estão vivendo na unidade. De acordo com o morador da localidade o porteiro Gleisson dos Passos Santos, contou que além de perder móveis, sua casa apresenta rachaduras. “Minha casa é nova, mas com essa chuva que teve no começo do mês as rachaduras tomaram conta das paredes”, apontou. Por Bruno Antunes
As consequências das fortes chuvas que atingiram Aracaju no início deste mês, ainda continuam prejudicando os moradores da cidade, precisamente no bairro Mosqueiro, na zona de expansão. Inúmeras casas e terrenos continuam alagados prejudicando a rotina dos moradores da região. Água ainda toma conta de casa no Mosqueiro
“Para se ter uma idéia sobre a construção irregular, quando choveu a água entrou no próprio condomínio, a prefeitura tem que estar no pé para as pessoas não aterrarem os terrenos sem nenhuma estrutura”, disse o aposentado. Antônio Brandão e sua esposa nunca tinham visto tanta água em seu terreno
“Os pais dos alunos aqui da escola ficam nos humilhando e xingando para que nós saia daqui (sic)”, falou emocionada. ‘Rosa’ que mora na Travessa da Selva desde que nasceu. “Na Travessa nunca tivemos água da Deso, sempre bebemos água do poço, mas agora com esse alagamento a água está podre, então não temos o que beber e nem água própria para banho. É difícil chegar num lugar que a gente nasceu e se criou e perder tudo, estamos contando com doações”, relatou com lágrimas nos olhos. Maria Janete chora ao descrever situação atual da Travessa da Selva
Nesta quarta-feira, 28, agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) recolheram móveis e eletrodomésticos das casas que ficam na Travessa. Segundo o funcionário contratado pela prefeitura Ernandes Silva Lima, somente agora a água baixou e os trabalhadores puderam entrar nas casas. “Ainda há muito entulho a ser recolhido, já levamos quatro caçambas de entulho tudo com sofá, colchão, cadeira, fogão e até televisão, tudo estragado”, informou. Fogões são retirados das casas para agentes da Emsurb recolherem
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