Uma semana após realizarem um protesto na sede da Prefeitura de Aracaju, um grupo de rodoviários voltaram a se reunir na manhã desta quinta-feira, 25. Segundo os manifestantes, o objetivo é pedir aos vereadores de Aracaju uma interlocução com o Poder Executivo municipal para que os mais de 250 funcionários demitidos de algumas empresas responsáveis pelo transporte coletivo na capital possam ter acesso a alguns direitos trabalhistas.
“Infelizmente nós fomos desligados sem nenhum tipo de planejamento ou garantia de que iríamos receber os nossos direitos”, lamenta Gilvan Oliveira, um dos rodoviários demitidos. Segundo ele, as empresas “mandaram o pessoal embora” e ironizou dizendo que aguardava a categoria recorrer à justiça.
“Apesar do grande número inicial de trabalhadores demitidos, eu tenho informações que muitas outras demissões ainda estão por vir”, salienta Gilvan. Diante desse cenário, o manifestante afirma que tem buscado auxílio no poder público, a exemplo dos vereadores da capital.
“Queremos que os vereadores nos ajudem a garantir os nossos direitos trabalhistas. Para se ter uma ideia, há trabalhadores que ainda não receberam o 13ª salário, férias e outros benefícios. A situação é bastante difícil. Também queríamos que os vereadores nos ajudassem a abrir um canal de diálogo com o prefeito Edvaldo, já que na semana passada ele não nos recebeu, nem mandou nenhum representante para tentar resolver essa situação”, resume Gilvan.
PMA
Procura, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) preferiu não se manifestar.
Setransp
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) informou que tem acompanhado a situação difícil das empresas de transporte público coletivo de Aracaju e tem levado ao conhecimento das autoridades públicas sobre a necessidade de ações que garantam a sustentabilidade do setor, buscando saídas de aporte extra tarifário, redução ou isenção de impostos e subsídios.
“Os maiores custos entre as despesas para prestação do serviço são a mão de obra e o combustível, e as empresas têm enfrentado entraves para arcar com esses custos que são básicos para o funcionamento do transporte. Principalmente, diante do aumento do valor desses custos, como o diesel cresceu somente este ano quase 60%.”, argumenta a entidade.
Ainda segundo o Setransp, o setor tem buscado alternativas desde o início da pandemia para evitar ao máximo a redução de postos de trabalho, e chegou ao nível que isso tem sido inevitável. “O Setransp lamenta que o transporte que é um serviço essencial e um direito social esteja enfrentando essa situação e reforça a importância de medidas emergenciais”, finaliza a nota.
por João Paulo Schneider
A matéria foi atualizada às 12h05 do dia 25/11/21 para acrescentar o posicionamento oficial do Setransp.
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