Após fraudes, bancos têm questionado RGs oriundos de SE

Esquema de emissão de falsos RGs foi descoberto no mês passado (Foto: Arquivo SSP)

Jenilson e Ênio, ambos membro da comissão interventora, explicam mudanças dentro do Instituto de Identificação

O Instituto de Identificação de Sergipe, sob gestão de uma comissão interventora desde a descoberta de um esquema de fraude na emissão de identidades, tem recebido, nos últimos dias, demandas de algumas agências bancárias de outros estados. Após conhecimento da Operação Fênix, alguns bancos, por protocolo interno, têm questionado a autenticidade de RGs oriundos de Sergipe e vêm entrando em contato com o Instituto de Identificação emissor do documento para ‘cruzar os dados’ e atestar a sua veracidade.

“Não se trata de pandemia, são apenas algumas agências que tomaram conhecimento da operação e estão entrando em contato conosco. Aqui nós averiguamos e informamos se o documento é procedente ou não”, explicou Jenilson Gomes, papiloscopista da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe e membro da comissão interventora.

O escrivão de polícia, também membro da comissão interventora, Ênio Nascimento, explica ainda que a polícia está atenta para o uso dessas documentações falsas. “Em determinadas situações, coletando as informações com o banco, haverá a prisão em flagrante onde a pessoa tiver apresentando o documento falso. Tanto em Sergipe, quanto fora do estado, a polícia está na cola dessas pessoas”, afirmou.

Modificação na emissão de RGs

Desde que descoberto o esquema de fraude dentro do Instituto de Identificação, no dia 17 de abril, quando seis servidores, um oficial da PM da reserva e dois autônomos foram presos, o secretário de Segurança Pública publicou portaria que passava a gestão do ID para uma comissão interventora, coordenada pela delegada Mayra Evangelista, pelo prazo de 30 dias – prorrogáveis pelo mesmo prazo, se necessário.

A primeira medida da equipe foi estabelecer o prazo de 30 dias para análise e emissão de uma identidade em todos os 42 polos do instituto. “É uma maneira de uniformizar o trabalho, não sobrecarregar uma unidade e ter tempo suficiente para analisar a documentação apresentada para que não haja mais fraudes”, explicou Jenilson.

Anteriormente, as identidades eram entregues em apenas algumas horas, com critérios pouco rigorosos na apuração dos documentos – o que abriu margem para as fraudes dentro do Instituto. Com as mudanças, além de promover um mecanismo de emissão do documento semelhante aos institutos de outros estados, a comissão interventora pretende acabar com as fraudes e descentralizar o sobrepeso de algumas unidades. “Há também um planejamento para que já em junho estejamos funcionando com agendamento eletrônico, assim como nos Ceac’s”, frisou o papiloscopista.

Por Ícaro Novaes

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