Após quase cinco horas, termina sequestro em restaurante

Reféns são atendidos pelo Samu (Fotos: Portal Infonet)

Após quase cinco horas, terminou na noite deste sábado, 20, o sequestro de cinco funcionários do restaurante Gohan, no bairro Atalaia em Aracaju. Inicialmente sete pessoas eram mantidas refém por dois homens armados com armas de fogo. Um deles é menor de idade. As vítimas ficaram sob a mira de revólver, mas garantem que o clima era tranquilo dentro do restaurante. A suspeita é de que um dos sequestradores, Dorgival Luciano dos Santos, de 46 anos, estava solto pelo indulto de Natal.

Os reféns foram liberados um a um, por volta das 20h40. Nervosos, alguns tiveram que ser atendidos pela equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). Uma funcionária não conseguiu caminhar e teve que ser carregada pelos socorristas, de dentro do restaurante. No início da ação, uma mulher foi liberada pelos sequestradores por ter passado mal e outro funcionário conseguiu fugir.

Os sequestradores garantiam matar todos os reféns e depois se matariam, caso a polícia não obedecesse às exigências. Sem ceder, os Policiais do Centro de Operações Integradas (COI) tentaram de todas as formas, convencer os criminosos a se entregarem. Familiares e a imprensa foram chamadas para ajudar nas negociações.

Coronel Iunes "Felizmente acabou tudo bem"

Após 4 horas e 30 minutos de negociação, Dorgival Luciano dos Santos, o “Cumpadre” e o menor de 17 anos, se entregaram a polícia. Dorgival já é conhecido pela polícia, pelo crime de homícidio do deputado estadual Joaldo Barbosa em 2003. Eles foram levados em uma viatura para a Delegacia Plantonista. O comandante da PMSE, coronel Maurício Iunes,  relatou que antes de se entregar, Dorgival colocou a arma que usava sobre um balcão.

“Inicialmente houve um disparo de arma contra a guarnição. Nós identificamos os autores e iniciamos as negociações, que se tornaram difícil no primeiro momento, já que os reféns estavam muito nervosos por conta da situação. Tínhamos a preocupação de uma exigência que seria impossível de cumprir, pois queriam carros e armas para tentar uma fuga. Após a identificação dos elementos, trouxemos os familiares até o local e o apoio da imprensa foi fundamental para o sucesso da operação”, comemora Iunes.

Tensão

Parentes de funcionários chegavam a todo o momento em buscas de informações dos familiares. Edjane de Jesus Santos chegou ao local por volta das 18h, seu irmão e esposo são funcionários do restaurante e estavam entre os reféns. “Eu soube da noticia pela internet e vim até aqui para entender o que estava acontecendo. Já tentamos falar com eles pelo celular, mas não atendem. Estamos desesperados”, disse.

Policiais em frente ao restaurante

Edjane "Meu marido e meu irmão estão lá"

Renda

Já o proprietário do restaurante acredita que os homens sabiam que o décimo terceiro seria pago aos funcionários. “Eles chegaram e ainda tinham clientes no restaurante, mas eles esperaram que o os clientes saíssem para agir. Acredito que sabia do pagamento do 13º salário dos funcionários, mas só tinha no estabelecimento a renda do dia”, relata.

Por Eliene Andrade

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