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Tartaruga foi solta na tarde desta quinta-feira, 4 (Foto: André Lucas Moreira/FMA) |
A Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) realizou na tarde desta quinta-feira, 4, a soltura na Orla de Atalaia da tartaruga da espécie Lepidochelys olivacea, mais conhecida como tartaruga-oliva. A espécie foi encontrada no litoral da praia do Abaís, em Estãncia, e permaneceu na FMA por cerca de três meses.
Pela manhã, as espécies Caretta caretta (tartaruga cabeçuda) e Eretmochelys imbricata (tartaruga de pente) também foram devolvidas ao mar.
De acordo com o coordenador de tartarugas da Mamíferos Aquáticos, Fábio Teles, após ser resgatada, a tartaruga passou por um tratamento. “A partir do momento que foi encontrada, ela foi resgatada pela equipe da Mamíferos Aquáticos e quando chegou, avaliamos clinicamente e realizamos exames complementares. Tratava-se de um indivíduo juvenil que apresentava lesões profundas nas nadadeiras anteriores em decorrência de interações com pesca de rede. Fizemos um tratamento específico com antibiótico e até hidratação. Ela começou a responder bem ao tratamento e partir daí, fizemos todo um check-up e ela recebeu alta médica e pôde ser liberada”, afirma.
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Diversas pessoas acompanham a soltura |
Cuidados
A educadora ambiental da Mamíferos Aquáticos, Mayra Oliveira, destaca que a maioria das mortes desses animais se deve a ingestão de lixo encontrados no mar. “A gente está fazendo um trabalho informativo. Conforme dados que a gente tem, 90% dos casos de morte dessas tartarugas é causada por lixo. O lixo encontrado tem embalagens de bala, pirulito e plástico de vários tipos. Nesse trabalho a gente quer informar a toda população sobre o cuidado com o descarte desses produtos, porque esses animais não sabem diferenciar o que é alimento e o que é lixo, e acabam ingerindo-os e até mesmo acabam morrendo”, afirma.
25 anos da Fundação
Criada em 1989, a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a conservação dos mamíferos aquáticos e de seus habitats.
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Animal foi resgatado no Abaís e ficou três meses em tratamento |
“O trabalho de reabilitação das tartarugas, dos mamíferos aquáticos e das aves é fruto do desempenho de 25 anos da fundação. Graças a parceria de sucesso com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa é que a gente consegue força pra realizar esse trabalho de reabilitação das tartarugas marinhas. Um recado pra sociedade pra se empenhar em participar de atividades de conservação”, afirma.
Por Aisla Vasconcelos