Um projeto na mesa e a determinação do governador Belivaldo Chagas, de reformar e revitalizar a última reserva de Mata Atlântica da capital sergipana, começa a ganhar corpo. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) reuniu a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e a Companhia de Habitação e Obras Públicas (Cheop) para tratar do projeto que contempla reforma do Zoológico, para melhorar as condições dos mais de 400 animais silvestres, e construção do Centro para Tratamento de Animais Silvestres (Cetas).
“Essa é uma área de preservação ambiental, a qual uma parte pertence ao Estado e a outra ao município. Trata-se de uma região bonita e uma obra importante que poderá contemplar não apenas a preservação ambiental, mas também a questão de ordem social aqui da Zona Norte de Aracaju”, argumentou o secretário da Sedurbs, Ubirajara Barreto.
A Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu (Apa), administrada pelo Governo do Estado, tem mais de 213 hectares e abriga o zoológico da cidade, uma hípica, uma grande área verde para caminhadas e passeios, além de ter uma das mais belas vistas de Aracaju. “Esse espaço já existe há muitos anos e precisa se adequar à nova realidade. Então, com essa possibilidade, nós vamos melhorar muito o atendimento, não só para a população, mas, principalmente a ambientação dos animais, a questão legal do meio ambiente, já que nós estamos dentro de uma área de proteção ambiental, e, isso vai ser essencial para todos nós”, pontua o diretor-presidente da Emdagro, Jeferson Feitosa de Carvalho.
Com a construção do Centro para Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), o estado passa a contar com um espaço adequado para cuidar da saúde tanto dos animais que moram no zoológico, quanto dos que chegam através das equipes de resgate da Adema. O diretor-presidente do órgão, Gilvan Dias, reforça que a criação do Cetas é fundamental para ter onde fazer a triagem dos animais, que atualmente é feita no Centro de Tratamento do Ibama, do Governo Federal. “O Cetas vai viabilizar exatamente o período de quarentena, como também o que se refere a triagem desses animais silvestres que são recolhidos em todo o estado de Sergipe e o cuidado, até devolvê-los ao habitat natural. Os que não tem condições de retorno e os daqui do zoológico também vão ganhar atenção especial. É importantíssimo para o meio ambiente”, ressaltou.
A Cehop vai fazer o orçamento da reforma do zoológico, execução do tratamento de esgoto sanitário, fechamento externo do parque, com o cercamento de toda a área, e a recuperação das vias internas, o sistema viário. “Se a ideia da criação do Cetas for aprovada, também estremos construindo o projeto e orçamento da reforma de algum prédio do próprio Parque para a criação desse espaço. Então, a obra constituirá em quatro ou cinco edificações”, explicou a assessora técnica da Cehop, Ana Celeste Dória.
Fonte: ASN
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