Arquitetura transforma ambientes hospitalares em áreas acolhedoras

Arquitetura pode transformar estabelecimentos de saúde em ambientes mais acolhedores (Foto: Alana Góis)

Considerada uma forma de gerar bem estar, sensações de acolhimento e outros bons sentimentos, a arquitetura clínica é uma aliada na hora de transformar unidades hospitalares em ambientes mais acolhedores e agradáveis para o paciente.

De acordo com o arquiteto Thiago Perez, a arquitetura nunca foi considerada como algo da área da saúde, porém, com a realização de estudos sobre o tema da arquitetura clínica, foi descoberto que ela pode ser uma aliada no processo de recuperação dos pacientes. “Quem procura um médico, dentista, psicólogo, não procura porque está bem, mas sim porque quer melhorar alguma coisa. Considerando esse contexto, o ambiente estrutural no espaço em que o profissional recebe essas pessoas pode influenciar bastante no bem estar desse paciente”, explica.

Arquiteto Thiago Perez (Foto: Arquivo Pessoal)

Ainda segundo o arquiteto, além de ajudar no bem estar, a arquitetura clínica, também chamada de arquitetura hospitalar, é uma ferramenta que também possui fins comerciais para donos de consultórios. Para explicar melhor , Thiago cita um exemplo prático. “Se uma pessoa tem depressão e procura ajuda com um psicólogo que atende em um consultório que possui cores escuras, que não seja tão organizado, pode ocasionar em um mal estar no paciente que faça com sua melhora seja dificultada e ele pode até desistir do processo de terapia”, exemplifica.

As cores, na visão do arquiteto, geram diferentes efeitos nas pessoas, assim como as formas que são escolhidas, locais e disposição de objetos. “Pesquisas e estudos comprovam que efeitos visuais provocam sentimentos diferentes nos seres humanos. Por isso, é tão importante realizar esse investimento nos consultórios”, ressalta.

Além disso, segundo Thiago Perez, durante este período de pandemia, os ambientes clínicos e hospitalares necessitam transmitir uma sensação de acolhimento ainda maior para os pacientes. “Existem pessoas que estão internadas e olham para um lado, observam leitos enfileirados, olham para o outro lado, mais leitos. O tempo que estamos vivendo não é fácil, e quando existe uma pessoa que está internada e não se sente confortável naquele lugar, a melhora pode ser difícil e mais dolorida”, destaca. “Também é necessário lembrar que o processo de melhora não se limita apenas ao físico, mas também ao mental, e a sensação de bem estar, acolhimento e inclusão são essenciais para bons resultados”, completa.

Por Isabella Vieira e Verlane Estácio

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