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Ladrões quebram vidro com paralelepípedo (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Na madrugada desta segunda-feira, 10, assaltantes arrombaram a boutique Essencial localizada na avenida Nestor Sampaio. Segundo moradores que foram despertados pelo barulho do arrombamento, um homem teria sido visto andando de bicicleta logo após o crime e figura como principal suspeito. A proprietária do estabelecimento comercial prestou queixa à polícia, o crime foi registrado em Boletim de Ocorrência e as imagens das câmeras de segurança serão encaminhadas ao delegado que vai apurar o arrombamento.
Os criminosos estouraram a porta de vidro da loja usando um paralelepípedo e quando saíram esqueceram um bornal. Dentro da sacola que foi deixada na loja, os policiais encontraram um cachimbo, levantando a suspeita de que o crime teria sido praticado por usuário ou usuários de drogas. Dentro da loja, foram encontradas marcas de sangue, caracterizando que o assaltante se feriu no momento em que cometeu o crime.
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Comerciantes da Nestor Sampaio reclamam da falta de segurança |
Da loja, foram roubadas apenas roupas femininas. Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados pela proprietária, segundo informou o noivo dela, Roberto de Castro.
Vários crimes
Os arrombamentos e assaltos a estabelecimentos comerciais na avenida Nestor Sampaio se tornaram comuns. “Praticamente todo dia, há assalto por aqui e ninguém faz nada. Tem um Batalhão [da Polícia Militar] aqui próximo, mas os assaltos e arrombamentos continuam acontecendo”, comenta o mecânico Tiago dos Santos. “Deveria ter segurança de rotina por aqui, mas não tem. Por isso, os assaltos continuam acontecendo”, observa.
Há cerca de 15 dias, dois homens invadiram uma loja revendedora de produtos eletro-eletrônico e obrigaram a funcionária a ficar de joelhos, em uma sala, enquanto eles colhiam aparelhos de telefone celular, tabletes, fones de ouvido e outras mercadorias. “Eles passaram 15 minutos dentro da loja e ainda pegaram a bolsa da funcionária, roubaram dinheiro e celular dela, jogaram os documentos e usaram a bolsa para colocar as mercadorias”, conta o comerciante Yuri Peixoto.
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Bornal de criminoso e pedra usada para quebrar vidraça |
O tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe da 5ª Seção da Polícia Militar [órgão responsável pela comunicação social da corporação], admite que a polícia encontra dificuldade para conter crimes desta natureza. “São crimes de oportunidade, que independe da polícia. Isso não denota falta de policiamento. São crimes que acontecem em decorrência da vulnerabilidade do estabelecimento comercial. Se a loja não tivesse alarme, o ladrão teria ficado mais à vontade para levar mais mercadorias”, observa o tenente-coronel.
E quanto à postura dos policiais em deixar no local do crime os objetos que pertencem ao ladrão, o tenente-coronel informou que a polícia militar só isola a área para preservar a cena quando o crime é de grandes proporções, com vítimas.
Por Cássia Santana