Assembléia dos professores pode decidir por paralisação

Depois de cinco audiências entre SINTESE e a Secretaria de Educação, o governo ainda não deu resposta sobre a pauta de reivindicações do magistério. Por conta disso, hoje, 20, os representantes da categoria estarão se reunindo com o secretário de Estado da Educação Lindbergh de Lucena, na tentativa de obter um posicionamento do mesmo. A tarde, os professores farão uma assembléia, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, para analisar as decisões e votar pela paralisação, ou não, das atividades.

O magistério está insatisfeito com o descaso do governo quando se trata de negociar seus direitos e pode decidir pela paralisação de suas atividades em todo o estado. “Os dados de receita e despesas apresentados pela secretaria de educação na última audiência são contestáveis. O Governo de Sergipe é o que menos investe no salário dos funcionários públicos na região nordeste”, afirma o professor Joel de Almeida, presidente do SINTESE.

De acordo com ele, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permite que o governo utilize de 46,55% até 49% da renda do estado para o pagamento dos salários dos servidores. Em 2005, foram utilizados 37,34%, um percentual muito abaixo do que permite a LRF. O reajuste de 31% que os professores reivindicam ao governo atinge o limite máximo dessa lei, que é 49%. “Não dá para esperar. Chegou a hora de cobrarmos do governo um salário digno”, ressalta o professor Joel.

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