Em todo país, sindicatos dos funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos estarão em assembléia às 18h para deliberar uma greve a partir da 0h desta terça-feira, 1º de julho, nos territórios atuantes. Entre as reivindicações, estão a quebra do adicional de risco, não implantação do Plano de Cargo e Carreira Salarial (PCS), entre outros. Correios farão uma assembléia para deliberar greve a partir das 0h desta terça-feira, 01
O representante do sindicato em Sergipe, Denilson Melo Rodrigues, diz que “desde novembro passado está sendo negociado com a direção do Correios, com sede em Brasília, para que a categoria tenha suas reivindicações atendidas”. Ele completa que antes da data-base haja um aumento salarial e um ajuste quanto às condições trabalhistas. “O número de funcionários é muito pequeno em relação à demanda. A sobrecarga de trabalho está também entre as pautas da assembléia”, destaca Denilson Rodrigues.
Representante dos funcionários dos Correios, Denilson Melo Rodrigues |
O sindicato atende aproximadamente 450 carteiros distribuídos nas diversas agências do Estado. O receio da maioria é que, segundo o representante Denilson Rodrigues, esse contingente seja prejudicado com uma possível tendência à privatização da empresa. “O que corre pelos bastidores é que a empresa não dure mais que um ano como pública. A idéia é fazer com que os funcionários mais antigos sejam levados a pedir o PDV – Pedido de Demissão Voluntária”, ressalta o presidente que diz que o objetivo da assembléia é deliberar a greve.
O assessor de Comunicação do Correios, Agnaldo Batista, diz que a empresa fez um estudo de finanças sobre as reais possibilidades de atender a categoria e a empresa aprova o adicional de atividade de distribuição e coleta, equivalente a R$ 260 de forma linear para carteiros, estendendo-se para os guichês, atendentes comerciais também.
Agnaldo destaca que o salário inicial é de R$ 603; somados ao vale refeição e alimentação, no valor de R$ 490. Caso os trabalhadores não entre em consenso nas negociações até a conclusão do acordo coletivo, a direção do Correios assinala para o plano de contingência para atender as demandas com a contratação temporária de terceirizados.