Associação afirma que Vieira foi impedido de receber atendimento médico fora do QCG

Associação afirma que militar foi impedido de receber tratamento fora do QCG Fotos: Portal Infonet
O advogado da área criminal da Caixa Beneficente da Polícia Militar, Murilo Damasceno, aguarda um posicionamento por parte do Comando da Polícia em relação ao sargento  Vieira, detido desde o último dia 15. “Sargento Vieira vinha sentindo dor no dente e foi impedido de receber tratamento odontológico. Nós solicitamos uma certidão junto ao comando informando o motivo dessa negação” explicou.

Segundo Damasceno o militar estava com a consulta marcada antes da prisão. “Só queremos saber quem desrespeitou a lei 7210/95, artigo 14, que dá o direito ao preso de tratamento médico e odontológico, para que seja ajuizada a ação a quem de direito”, relatou o advogado.

Damasceno ainda pontuou que o sargento Vieira, além de não receber o tratamento devido, ficou impossibilitado assistir às aulas na faculdade. “Um preso comum tem direito à faculdade, direito a freqüentar as provas. Não estamos entendendo porque isso foi negado ao militar e quem negou”, pontuou.

Advogado aguarda certidão do QCG
Quartel da Polícia Militar

De acordo com o assessor de comunicação da Polícia Militar, capitão Donato, o comando não restringiu o sargento Vieira do tratamento. “Nós temos um gabinete odontológico aqui no quartel, que atende todos os dias. Tivemos a informação de que ele está em tratamento ortodôntico e que as borrachinhas estavam incomodando”, explicou.

Ainda de acordo com o capitão Donato, o sargento Vieira recebeu esse atendimento dentro do quartel. “A nossa dentista constatou o problema com as borrachinhas, que estavam causando a dor no sargento, e se prontificou para retirá-las, mas o mesmo não aceitou e quis falar com a odontóloga. A negativa da saída do sargento se deu

O advogado mostra que a solicitação de tratamento foi protocolada ao comando
por essa razão, pois entendemos que não havia necessidade de sair, já que aqui dentro oferecemos esse atendimento”, explicou.

Com relação às aulas, o capitão Donato informou que o procedimento adotado pelo comando é igual para qualquer militar que esteja cumprindo punição disciplinar. “Tanto para ele como qualquer outro as regras são as mesmas. Existe liberação apenas em casos excepcionais, como falecimento de um parente, ou atendimento médico que não tem aqui. Essas sempre foram as medidas adotadas e não enquadram a liberação para assistir aulas”, finalizou.

Por Alcione Martins e Kátia Susanna

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