Associação diz que rodoviários não descartam novo protesto ou greve

Manifestantes na Av. Barão de Maruim (Foto: grupo WhatsApp/ Pé Embaixo)

Uma nova paralisação e também protestos por parte dos rodoviários podem ocorrer nos próximos dias, caso as negociações com a classe patronal não tenham avanço. A categoria, que realizou um protesto em Aracaju nesta sexta-feira, 19, exige o retorno do pagamento do ticket-alimentação e da função de cobrador, entre outras reivindicações.

O presidente da Associação dos Rodoviários Ativos e Inativos de Sergipe, Aloísio Almeida, informou que haverá uma audiência de conciliação na segunda-feira, 22, mas alertou que se nada for resolvido, a categoria pode optar pela greve e realizar novos protestos. “Recuamos com os protestos porque foi um aviso aos patrões. Mas, vamos participar de uma audiência de uma segunda-feira e se as coisas não se resolverem, nós esperamos que o Sindicato decrete a greve. Também há possibilidade de novos protestos”.

Aloísio destaca que a categoria enfrenta dificuldades. “Tem rodoviário passando fome, devendo cartão de crédito e até entrando em depressão, por não conseguir se sustentar e ainda ter que executar duas funções, dirigir e cobrar. Não está sendo divulgado, mas estão acontecendo com frequência acidentes com ônibus porque os motoristas estão dirigindo e cobrando ao mesmo tempo, o que coloca em risco à vida da população”, lamenta.

O presidente afirmou ainda que protesto foi realizado por rodoviários e frisou que a Associação e o Sintra não tiveram participação na organização. Ele também negou que os rodoviários tenham sido os responsáveis pelos danos causados à 243 ônibus, segundo números divulgados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp). “Algumas pessoas, que não vi e não sei quem são, saíram secando os pneus dos ônibus. Mas quebrar vidro, nenhum manifestante fez isso. Eles (empresas) estão se aproveitando da paralisação para dizer isso”, alegou.

Protestos

Rodoviários fizeram um protesto em Aracaju nesta sexta-feira, 19, para cobrar o retorno do ticket-alimentação e protestar contra a extinção da função de cobrador. A categoria também pede a manutenção dos planos de saúde e o reajuste salarial.

Por causa do protesto, a circulação do transporte coletivo foi afetada. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT da 20ª região) determinou que os rodoviários mantenham 70% do efetivo, por ser tratar de um serviço essencial. Na manhã deste sábado, 20, a frota voltou a operar normalmente, porém segundo o Setransp, 243 ônibus foram vandalizados, o que corresponde a 56,25% da frota operante.

O Setransp disse que permanece com o diálogo aberto com o Sinttra no intuito de buscar as melhores alternativas para as demandas dos rodoviários, do mesmo modo que tem priorizado mover todos os esforços para garantir a manutenção dos postos de trabalho.

 

Por Verlane Estácio

 

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