Ato marca luta contra a violência as mulheres

(Foto: Portal Infonet)

Combater a violência contra a mulher através da educação e ações que mostrem o aumento principalmente nos números de homicídios envolvendo companheiros e parentes próximos às vítimas. Este é um dos principais objetivos da Secretaria da Mulher Trabalhadora da Central Única de Trabalhadores (CUT). Uma boneca amordaçada, com vários hematomas pelo corpo e amarrada foi levada para o Centro da capital sergipana para chamar a atenção da sociedade para o tema.

De acordo com a secretária da Secretaria da Mulher, Ana Lúcia Costa Santos, o tema deve ser discutido em várias esferas. “Nós ainda temos estatísticas alarmantes de violência envolvendo companheiros e parentes próximos. Este é um tema que deve ter a participação de todos porque é preciso romper com o silêncio e alertar a sociedade para essa desumanização”, alerta a Ana Lúcia que enfatiza as causas do aumento.

Ana Lúcia Costa

Ato reuniu mulheres que lutam contra a violência

“Nós temos um aumento dessa violência em mulheres negras e uma diminuição em mulheres brancas. Isso ocorre porque ainda há o racismo. Percebemos que a mentalidade de alguns homens ainda é do século 19. Alguns ainda mantêm uma mentalidade de que a mulher é um objetivo e ele é o dono”, observa.

De acordo com dados do Mapa da Violência, divulgado este ano,  entre 2009 e 2013 foram 252 mortes. Desses números foram registrados  62 homicídios em Nossa Senhora do Socorro, 27 em Itabaiana, 14 em Estância, 13 em São Cristóvão, 13 em Lagarto, 10 em Propriá, 18 em Tobias Barreto, oito na Barra dos Coqueiros e seis em Simão Dias. Já nos 75 municípios sergipanos foram 35 mortes em 2009, 43 em 2010, 59 em 2011, 61 em 2012 e 54 em 2013.

A representante do Coletivo Contra Corrente e tesoureira da União dos Estudantes Secundaristas do Estado de Sergipe (Uses), Larissa Alves de Oliveira, já foi vítima da violência e hoje também luta para que a violência deixe de existir, através de politicas públicas que prevenção. “Já fui vítima da violência e quando estive no DAGV [Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis da Secretaria de Estado da Segurança Pública] a medida protetiva que tive foi ele ficar longe de mim por 200 metros ou a casa abrigo. Agora pergunto, fui vítima da violência e tenho que ficar enjaulada, longe do convívio de todos porque estou sendo ameaçada por um homem que não aceita que acabou?”, questiona.

Por Kátia Susanna

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