Atropelamento no Luzia: juíza ouve testemunhas

Moisés: morte no ano passado (Foto: Arquivo da família)

Uma testemunha não compareceu à audiência realizada nesta terça-feira, 7, destinada a ouvir aquelas arroladas pelo Ministério Público Estadual em processo relativo ao atropelamento que matou Moisés Bispo dos Santos, 36, ocorrido em maio do ano passado no bairro Luzia, em Aracaju. Neste processo, Enersson Miller de Souza figura como réu, respondendo por homicídio qualificado e não como homicídio culposo, como é comum em caso de mortes em acidente de trânsito como pretende a defesa.

Na audiência desta terça-feira, a juíza Olga Barreto, da 5ª Vara Criminal, ouviu cinco testemunhas, todas arroladas pelo Ministério Público Estadual. Com a ausência da sexta testemunha, foi marcada a continuação da audiência de instrução para o dia 15 de setembro deste ano, destinada a ouvir esta última testemunha indicada pela acusação e as outras três arroladas pela defesa, além do interrogatório do réu.

Por determinação da juíza, os familiares da vítima não tiveram acesso à sala de audiência, mas acompanharam toda a movimentação no Fórum Gumersindo Bessa. “Queremos que a justiça seja feita”, declarou a comerciante Isabel Gama, uma das tias de Moisés. “Agora, a expectativa da família é que ele seja julgado para pagar pelo que fez. Isso não vai trazer meu irmão de volta, mas nos traz um pouco de paz no coração”, declara a auxiliar administrativa Camila Flávio Bispo dos Santos.

Os testemunhos prestados nesta terça-feira na 5ª Vara Criminal confirmam a tese do Ministério Público, segundo avaliação do promotor Deijaniro Jonas. “Até o momento, o Ministério Público mantém o ponto de vista em relação à conduta do réu”, ressaltou o promotor, com a convicção que Enersson Miller agiu com o intuito de matar a vítima, provocando o atropelamento.

No dia 9 de maio do ano passado, Moisés Bispo conduzia uma motocicleta e acabou colhido por um veículo conduzido por Enersson Miller. Logo após, Enersson colidiu o veículo no muro do prédio onde funciona a Polícia Federal e foi autuado em flagrante pelo acidente e também por conduzir veículo sob efeito de bebidas alcoólicas. Ele foi liberado mediante pagamento de fiança, mas logo passou a responder por homicídio qualificado.

Moisés foi casado com a atual esposa de Enersson, com quem teve um filho, atualmente está com sete anos, com síndrome de down e criado pela família dele.

O advogado Sérgio Ricardo Souza Bezerra faz a defesa do réu. O Portal Infonet tentou ouvi-lo, mas não obteve êxito. A secretária do advogado se comprometeu a intermediar a entrevista, mas até o momento não se manifestou. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 8000.

Por Cássia Santana

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