Banhistas sentem-se inseguros nas praias aracajuanas

Roger Clei diz que falta sinalização e equipamento(Fotos: Portal Infonet)
Com a chegada das férias o movimento nas praias de Aracaju aumenta e junto aumentam os riscos de afogamento em áreas como a praia da Coroa do Meio, local onde no último dia sábado, 18, a jovem Ellen Caroline Santos Souza morreu afogada.

Durante a manhã desta terça-feira, 21, uma equipe do Portal Infonet esteve no local do afogamento e constatou a insegurança de alguns banhistas. “Mesmo com uma situação como essa que aconteceu com a menina, a gente percebe que falta segurança aqui, seja por parte de guarda-vidas, que são poucos, ou por falta de algum tipo de aviso”, observa o taxista Roger Clei Francisco dos Santos, que aproveitava a praia junto com a família.

Jaqueline(no centro) diz que falta profissional
Ainda de acordo com Roger a falta de equipamentos por parte dos poucos guarda-vidas do local é algo injustificável. “Não consigo entender como é que esse pessoal não tem equipamentos para resgatar alguém dentro do mar, como por exemplo um jetski. Se alguém for puxado para o alto mar eles vão nadando?”, questiona.

De acordo com a vendedora Dênia Silva Souza a população também é responsável pelo número de acidentes no mar. “Aconteceu isso com a menina, mas basta você ficar aqui sentada para observar como as pessoas também se arriscam e vão para o mesmo lugar”, pontua.

Dênia ressaltou que a falta de sinalização também influencia na falta de atenção e de responsabilidade por parte das pessoas. “Agente sabe que as pessoas gostam de se arriscar, mas

Nenhum tipo de sinalização foi encontrado na praia Coroa do meio
deveria ter pelo menos uma plaquinha avisando que o local é perigoso”, salienta.

Para a autônoma Jaqueline Vital Saraiva o que falta mesmo é pessoal para trabalhar. “Eu acredito que falta profissional em Sergipe, não só no Corpo de Bombeiros, mas nos hospitais, nos postos de saúde em diversas áreas que dizem respeito a vida das outras pessoas. Mas isso deve ser por que falta verba para o Estado, então vamos assistir o aumento do salário dos deputados e dos senadores, quem sabe não sobra um dinheirinho para cuidar da população?”, alfineta.

Bombeiros

Guarda-vidas dizem que durante a semana o número é suficiente
Durante toda a manhã a Praia da Coroa do meio contava apenas com dois salva-vidas, o soldado Golveia e o soldado Fortes, que atendiam toda a extensão da “Prainha”, que começa nas pedras próximas ao farol e vai até a praça de eventos da orla.

“O efetivo maior só vem durante o final de semana, porque o movimento é mais intenso. Nos primeiros dias da semana acredito que esse número seja o suficiente, até porque não tem muita gente tomando banho aqui”, explica o soldado Fortes.

Ainda de acordo com os guarda-vidas a sinalização que é colocada na praia acaba sendo retirada por populares. “Infelizmente tem gente que acaba roubando os avisos, que são colocados em ripas

Moisés explica que durante a semana o número de efetivo é maior
na beira das praias, sinalizando o perigo no local”, justifica Golveia.

De acordo com o sargento Moisés, são duas ou três equipes para atender a Coroa do meio e mais três equipes para atender a Atalaia e cada equipe é composta por três duplas, ficando cada dupla em um ponto.

“Nos finais de semana aumentamos o efetivo, mas também trabalhamos durante a semana no sentido de orientar as pessoas em relação a ingestão de bebidas alcoólicas, em relação ao momento da maré enchendo e no sentido de procurar ficar em lugares onde estejam os guarda-vidas”, pontua Moisés.

Por Alcione Martins e Kátia Susanna 

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