Bispo auxiliar de Aracaju ordenado em julho

Coletiva foi realizada na Cúria Metropolitana
Está marcada para o próximo dia 19 de junho em Maceió (AL), a consagração do Cônego Henrique Soares da Costa, 45, como bispo auxiliar de Aracaju.  No dia 3 de julho, ele será ordenado na Catedral Metropolitana.  Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 3, d. Henrique contou ter recebido a notícia de que o Papa Bento XVI o havia nomeado Bispo Auxiliar, “com o coração aberto e com espírito de pobreza, humildade e gratidão”.

Ele explicou que o auxiliar não é o sucessor do arcebispo, como muita gente pensou que entraria no lugar de D. Lessa.  “Estou vindo para Sergipe por conta de uma solicitação de D. Lessa, que estava sem auxiliar há dois anos, com a saía de D. Dulcênio.  Com isso, estarei a sua disposição no que for preciso o auxílio”, ressalta.

“Tenho 67 anos e se a saúde permitir chegarei até os 75 anos como arcebispo de Aracaju.  Estou muito feliz com a chegada do Cônego Henrique.  A gente vive por Deus, por essa humanidade.  Jesus morreu por todos e a gente vive por todos, sem distinção”, completa D. Lessa.

Histórico

Cônego Henrique continua com a cabeça machucada por conta do assalto
Cônego Henrique Soares da Costa é natural de Penedo (AL).  Fez seus primeiros estudos no município alagoano de Junqueiro.  De 1981 a 1984 fez o seminário em Maceió e , em 1984, recebeu o bacharelado em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas.  De 1985 a 1989 foi noviço do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro e no Mosteiro Trapista de Nossa Senhora do Novo Mundo, no Paraná.

Em 1990, voltou para o seminário em Maceió, onde iniciou a Teologia.  No ano seguinte, foi para Roma e conclui o curso na Pontifícia Universidade Gregoriana com mestrado em Teologia Dogmática.  Foi ordenado padre em 15 de agosto de 1992.  É reitor da Igreja Nossa Senhora do Livramento, em Maceió, desde 1994.

Assalto

Indagado na coletiva sobre o assalto que sofreu justamente no ano em que a Igreja Católica tem como tema da Campanha da Fraternidade, a segurança pública, D. Henrique disse que fato foi registrado justamente quando retornava de Salvador (Ba), onde foi buscar a carta do papa sobre a nomeação, que estava em poder do Núncio Apostólico D. Lourenço Baudicen. 

“No dia 20 de março, eu estava retornando e no litoral de Coruripe, após ter celebrado uma missa, percebi que meu veículo estava sendo seguido por uma caminhonete. Resolvi acelerar, mas eles deram seis tiros, tendo dois atingido os pneus.  Me bateram muito e levaram R$ 100 e inclusive a carta da nomeação.  Estava de batina, mas disseram que padre também morre.  Acredito que não me mataram porque Deus me deu uma missão e tenho que cumprir.  Se não fosse eu, teria sido um pai de família que podia ter morrido.  Eu não reagi, eu fugi”, relata destacando que ainda está se recuperando das agressões, inclusive continua com a cabeça machucada.

Por Aldaci de Souza

 

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