Bombeiros de Sergipe retornam da segunda fase da Operação Moçambique

Os bombeiros estavam em missão desde o dia 5 de maio (Foto: SSP/SE)

Após 34 dias do início da segunda etapa da missão de ajuda humanitária ao povo moçambicano, a equipe de 24 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), que atuava na província de Cabo Delgado, região norte do país, desde o dia 5 de maio, retornou ao Brasil na sexta-feira, 7, marcando o fim da Operação Internacional Moçambique.

O subtenente do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) Wagner Uchôa, que está à disposição da Força Nacional, participou da segunda fase da operação Moçambique, para ajudar na recuperação da cidade e revela seu grande grau de satisfação em poder atuar nessa missão. “Muitas pessoas estavam sem alimentos e água para beber, e apesar da dificuldade de nos locomovermos pelas estradas, ficamos nos deslocando de um estado para outro, onde havia uma maior necessidade da nossa atuação. O ciclone deixou muitas cidades em estado de calamidade e a nossa operação foi de extrema importância para essa população. Volto para o Brasil com a sensação de dever cumprido e muito satisfeito em poder ajudar essas pessoas”, declara Uchôa.

Durante a missão, foram distribuídas 136 toneladas de alimentos para mais de 30 mil pessoas em Beira, Pemba e regiões onde só era possível chegar navegando pelo Oceano Índico. Também foram entregues cinco mil lonas para a montagem de abrigos provisórios para os desabrigados, além da construção de dois assentamentos para 540 famílias.

Os bombeiros desobstruíram 241 km de estradas, auxiliaram na recuperação emergencial de prédios públicos e escolas, participaram de campanhas da vacinação contra a cólera e distribuíram hipodorito de sódio para 926 famílias, que é usado para a descontaminação da água e previne a proliferação da doença que afeta a região.

“Essa missão em Moçambique me mostrou coisas que eu não sabia e que a imprensa nunca mostrou para o mundo. Nós vimos muita tragédia, muitas pessoas e crianças passando fome, mães tendo filhos na rua. E apesar do sofrimento, o povo moçambicano é um povo alegre, e a pouca ajuda que levamos, o pouquinho que demos, éramos sempre recebidos de braços abertos, sorrindo e com bastante alegria. E isso me marcou muito, em todos os lugares que nós íamos. O povo moçambicano é um povo feliz, apesar de tudo”, declarou emocionado o subtenente Uchôa.

Fonte: SSP/SE

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