Briga feia entre juiz e promotor de Poço Verde

A delegacia do município de Poço Verde foi palco, no final da manhã de ontem, de uma briga entre o promotor de justiça da cidade, Roosevelt Batista e o juiz da Comarca, Pedro Nilson Oliveira. Segundo testemunhas, os dois se desentenderam por conta de uma prisão efetuada, por Roosevelt Batista, de uma pessoa de prenome Sandro, que seria ligada ao juiz. A prisão teria sido realizada porque o homem estaria portando uma arma ilegalmente. A esposa do promotor, Adriana Dantas, concedeu uma entrevista, na manhã de hoje, ao programa “Fala Sergipe”, do radialista Fábio Henrique, na Atalaia AM, e afirmou que o Sandro estaria, há um ano, freqüentando o Fórum da cidade armado e que todos sabiam que ele não tinha porte de arma. “Este rapaz que estava lá, tem mais ou menos um ano que freqüenta o Fórum. Dizem que é parente e segurança do juiz. Ele portava uma arma que pertencia ao Pedro Nilson e as pessoas comentavam e achavam isso estranho”, informou. Adriana também admitiu que a situação entre Roosevelt e Pedro Nilson já estava tensa há algum tempo, principalmente porque o juiz teria, supostamente, laços de amizade com alguns políticos locais. “Eles conversavam apenas profissionalmente”, disse. Aparentemente, a tensão entre os dois acabou se avolumando e culminou com a confusão em plena delegacia. Conforme relato de Adriana Dantas, o promotor, ao flagrar mais uma vez, o suposto segurança do juiz armado, chamou os policiais da delegacia e deu voz de prisão ao homem. Ao saber da prisão, o juiz Pedro Nilson teria se dirigido ao local. Ao chegar à delegacia, segundo ela, o juiz agrediu verbalmente o promotor e partiu para cima deste. “Com a mão esquerda, Roosevelt o afastou e, então, puxou a arma, para se defender, dizendo ao juiz que não encostasse nele.”, descreveu. Ela também afirmou que o juiz também estava armado. Vários policiais testemunharam o episódio e acabaram chamando o delegado regional, Cássio Vieira, que estava em Tobias Barreto, para a delegacia. “Os policiais não sabiam o que fazer. Ficaram surpresos com a briga entre as duas autoridades”, explicou o delegado. Ele também disse que, conforme relato dos policiais, o promotor, na realidade, teria armado uma situação para prender o Sandro. “Eles disseram que o promotor pediu que um deles fosse chamar o homem, dizendo que havia uma ligação para ele, e quando este saiu, ele deu voz de prisão e prendeu o rapaz”, detalhou. O delegado também explicou que o juiz Pedro Nilson informou que o homem é apenas um amigo de longa data e que estava apenas segurando a arma a seu pedido. O delegado Cássio Vieira contou que os policiais disseram que o promotor Roosevelt Batista teria sacado a arma sem necessidade. “Eles afirmaram que o promotor estava com uma arma em punho, sem necessidade nenhuma. Todas as testemunhas, que estavam dentro da delegacia, deram o mesmo depoimento. Inclusive falaram que o promotor dizia que se o juiz deixasse a sala ele atiraria nele. O juiz não se intimidou, então o promotor futucou ele com a arma, inclusive causando uma escoriação, no lado esquerdo do peito”, descreveu. Na tarde de ontem, o juiz Pedro Nilson Oliveira denunciou o promotor por lesão corporal e ameaça de morte. Ontem mesmo, o promotor foi chamado à Aracaju, para prestar esclarecimento, no Ministério Público do Estado, sobre o fato.

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