O secretário de Justiça, Benedito Figueirdo, afirmou nessa quarta-feira à uma rede de Televisão local que o chamado ‘Cadeião’ não será mais transferido para o antigo hospital psiquiátrico Adauto Botelho. Figueiredo apontou como razões da desistência o alto custo das obras de restauração do prédio, e as manifestações da população do bairro. Desde que foi anunciada a possível transferência dos presos os moradores do Getúlio Vargas protestam contra a decisão. 
Faixa do movimento contrário à instalação do Cadeião no Adauto Botelho
As reformas no antigo Hospital Psiquiátrico custariam entre R$500 mil e R$1 milhão, o que, segundo o secretário, seria um alto custo para uma situação temporária. Segundo ele, as obras dos presídios do Bairro Santa Maria e de Nossa Senhora do Socorro serão concluídas em breve, o que deve solucionar a superlotação das delegacias. Nessa quarta-feira saiu o edital do Ministério da Justiça que libera as verbas para as últimas obras no presídio do Santa Maria.
Na terça-feira, 22, uma comissão das secretarias de Justiça e Segurança Pública visitaram as instalações do Adauto Botelho para verificar a possível transferência. O promotor do MPE Eduardo Matos, acompanhou a visita para verificar a real situação do prédio.
Os moradores do bairro entregaram ao promotor um abaixo-assinado contendo mais de duas mil assinaturas contra a instalação do Cadeião naquele lugar. “O abaixo-assinado da comunidade tem força na decisão”, disse o promotor quando recebeu o documento.
