Camarote: homem armado responderá por crime hediondo

João Mário: sem porte de arma, mas ostenta arma de uso restrito das forças policiais (Foto: reprodução do vídeo que circulou em redes sociais)

Identificado o homem que aparece com armamento de uso restrito das forças policiais dentro do camarote da Prefeitura de Laranjeiras durante o Encontro Cultural realizado pelo município no último final de semana. Trata-se de João Mário da Silva Santos, que se apresentou para a polícia como trabalhador autônomo. Ele já foi ouvido no inquérito policial instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil, assumiu que seria ele a pessoa que aparece ostentando o armamento nas imagens que circularam nas redes sociais e a delegada Teonice Alexandre de Santana, que comanda as investigações, não descarta a possibilidade de tipificar a conduta de João Mário como crime hediondo.

A delegada explica que a lei do desarmamento, a partir das recentes mudanças, trata como crime hediondo o porte ilegal de arma de uso restrito das forças policiais, o que pode ser aplicado contra o autônomo identificado pela SSP. “Se a lei trata como crime hediondo, não pode ser diferente. É isso que vislumbro já que ele portava uma arma de uso restrito”, analisa.

João Mário foi localizado e já prestou depoimento na Polícia Civil. Ele se reconheceu nas imagens, mas tentou amenizar a conduta dizendo à delegada que estaria prestando um relevante serviço à sociedade. “Mas claro que é uma conduta completamente irregular”, classificou a delegada Teonice Alexandre. “É uma conduta reprovável no âmbito criminal quanto no âmbito administrativo”, enalteceu.

Administrativo

As investigações prosseguem. O próximo passo será ouvir o policial civil Carlos Alberto Feitosa Magalhães Carneiro, conhecido como China, apontado nas investigações como o agente público que cedeu o armamento a João Mário. Ele responderá também a procedimento administrativo a ser instaurado em paralelo no âmbito da Corregedoria da Polícia Civil. No início das investigações, assim que identificado, China foi afastado das funções que exerce na Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Além de ouvir o policial civil, a delegada Teonice Alexandre poderá realizar novas diligências e ouvir também outras pessoas que se encontravam no camarote da Prefeitura de Laranjeiras nos momentos em que João Mário aparece armado. A delegada tem 30 dias para concluir o inquérito policial, mas ela pretende encerrar as investigação antes deste prazo e se sente à vontade para tanto devido às provas já coletadas.

Por Cássia Santana

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