Caminhoneiro ficará inapto se uso de drogas for provado

Exame será exigido a partir do dia 30 de abril (Foto: Arquivo Infonet)

A partir de 30 de abril, os motoristas que forem renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E serão obrigados a fazer o exame toxicológico conforme a resolução 517 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O exame será realizado em clínicas credenciadas pelo Departamento Nacional de Trânsito. Por enquanto, o Detran ainda não sabe quanto custará o exame, mas segundo o Denatran, o valor deve ficar entre R$ 270 a R$ 290.

Durante o exame, será verificado o consumo de drogas como maconha, cocaína e derivados incluindo, crack e merla, opiáceos incluindo codeína, morfina e heroína, ecstasy (MDMA e MDA), anfetamina e metanfetamina. O exame será realizado pela coleta de material biológico do motorista como fio de cabelo ou pelos e unha.

De acordo com o comandante da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), major Fábio Machado, o exame servirá para conscientizar os motoristas. “Este exame detecta o consumo de alguma droga ou medicamento por até 90 dias, a exemplo do Rebite que é consumido pelos motoristas para se manterem acordados. O exame é para tentar conscientizar o motorista. Se der positivo para alguma substância, o condutor ficará inapto para dirigir por 90 dias até que ele novamente refaça o teste”, afirma.

Ainda segundo o major Fábio Machado, a rotina da fiscalização continuará a mesma para os agentes da CPTRan. “Continuaremos fiscalizando se a carteira do condutor está ou não com a validade vencida. Esse exame é importante porque quando ocorre um acidente com um caminhoneiro, o risco de acontecer uma tragédia pela ingestão de algum entorpecente é bem maior. Acredito que para os bons motoristas o teste vai ser bem-vindo, mas para aqueles que fazem o uso constante de entorpecentes, estes não vão gostar”, informa.

Por Aisla Vasconcelos