Caminhoneiros realizam ato e denunciam irregularidades

Francisco Henrique diz que foi impedido de receber a carta Sindical, devido ao registro do Sindicam (Foto: Portal Infonet)

Caminhoneiros realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 7, em frente a Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa). O ato foi realizado com o objetivo de solicitar esclarecimentos acerca de supostas irregularidades na gestão e nas últimas eleições do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de Sergipe (Sindicam).

O representante do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas no município de Nossa Senhora do Socorro (Sintacs/SE), Francisco Henrique de Aragão, denuncia que Nilson Tavares, atual presidente do Sindicam, que possui sede em Itabaiana, agiu de má-fé durante o registro do Sindicato no Ministério Público do Trabalho (MPT/SE).

“Quando estava para sair à carta sindical do Sindicato dos caminhoneiros de Aracaju, nas pressas, ele [presidente do Sindicam] fez uma ata aonde registrou no Ministério do Trabalho que o endereço do Sindicam era na rua Moisete Leite Mendonça, número 91, bairro Ponto Novo, em Aracaju. Eu fui no cartório tentar registrar o Sindicato dos caminhoneiros de Aracaju e quando cheguei lá, por surpresa minha, ele tinha feito duas atas no mesmo dia, mas só mudou o endereço. Isso para atrapalhar o Ministério do Trabalho a dar a carta sindical a gente”, conta.

Ato aconteceu na frente da Ceasa 

Ainda segundo Francisco Henrique, no próprio estatuto do Sindicam consta que a sede é em Itabaiana. “Para fazer uma assembleia para eleger o seu representante, a eleição tem que ser feita na sede do sindicato e no artigo 37 do estatuto dele, diz que a sede do sindicam será no local de residência do presidente eleito, que é lá em Itabaiana”, informa.

Francisco Henrique disse ainda estranhar o fato de que Nilson foi reeleito com a votação de apenas dois caminhoneiros, justo em Itabaiana, que conta com mais de três mil caminhoneiros.

Na oportunidade, eles ainda estiveram no Ministério Público do Trabalho (MPT/SE), solicitando que o órgão conceda a carta sindical ao Sintacs, já que a base do Sindicam é em Itabaiana e não em Aracaju; pedindo o cancelamento da eleição realizada pelo Sindicam e que o presidente do Sindicam preste contas do que fez com um quantitativo de dinheiro que entrou na conta do sindicato no período de 2009 a 2014, mas que não foi declarado.

Sindicam

A equipe do Portal Infonet entrou em contato por telefone, com o presidente do Sindicam, Nilson Tavares, que informou não ter nada a esclarecer a respeito das acusações feitas pelo Sintacs. Nilson informou ainda que todos os esclarecimentos somente serão dados à justiça.

Por Aisla Vasconcelos

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