Câncer infantil: tratar da doença, mas principalmente da criança

Por Andreza Azevedo Falar de câncer infantil em Sergipe ainda parece, para muitos, algo fora da realidade. No entanto, a freqüência de meninos e meninas em instituições de apoio à criança portadora da doença já é considerada alta para o Estado. Tida como a terceira causa de mortalidade de pessoas na faixa etária entre zero e 15 anos, o câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem órgãos e tecidos, podendo formar tumores malignos em várias regiões do corpo. Segundo o oncologista pediátrico Anselmo Mariano, que atua nos dois principais centros de oncologia do Estado, o Hospital Governador João Alves Filho e a Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia, a maior incidência de casos de câncer infantil em Sergipe está na leucemia, que tem origem na medula óssea e é popularmente conhecida como “câncer do sangue”. O segundo caso mais comum em crianças, ainda segundo Anselmo, é o linfoma, geralmente caracterizado por uma tumoração no pescoço ou aumento do volume abdominal. Depois vêm os tumores abdominais, oculares, ósseos e do sistema nervoso central. No entanto, apesar da gravidade da doença, o médico afirma que já é possível obter a cura, ou seja, livrar-se totalmente da doença, em 80% dos casos, com a condição de que o tumor seja descoberto no início de seu desenvolvimento. “O tratamento é feito com três suportes: a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Em alguns casos utilizamos os três, dois deles ou apenas um. Tudo vai depender da gravidade de cada caso”, diz. Entendendo cada processo do tratamento Humanização é fator essencial para amenizar a dor Instituições que dão certo Ação do voluntariado é indispensável